O mercado de frango vem sofrendo com quedas constantes, estas que são influenciadas por uma somatória de fatores, como comenta o presidente da Associação Paulista de Avicultura (APA), Érico Pozzer.
Pozzer lembra que o consumo de frango, como já é elevado no Brasil, é pouco elástico. Então, qualquer acidente ou somatória de acidentes que faça com que sobre um excedente no mercado traz resultados catastróficos - como o que está ocorrendo agora.
Dentre esses acidentes, o presidente cita as complicações em decorrência da operação Carne Fraca, com a perda do mercado europeu e as dificuldades de exportação para a Rússia e outros países. Para completar, os preços do milho e da soja subiram nos últimos 40 dias. Todos os esforços vêm sendo feitos pelas empresas e pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), mas estes ainda são movimentos lentos.
Ele ainda comenta que o consumidor final, ao invés de compra frango normalmente, reduz a compra na esperança de que irá encontrar o produto mais barato posteriormente, o que agrava a situação do acúmulo. A solução no momento, para Pozzer, é adequar a oferta e a demanda. Ele considera que os preços praticados hoje são "criminosos".
O custo de um frango na granja, hoje, gira em torno de R$2,50/kg, já considerando o milho por volta dos R$40. A venda de frango vivo é baixa, já que 97% da venda de frango brasileira é proveniente da integração, diferentemente do mercado de suínos.
Fonte - Notícias Agrícolas