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A debandada continua na Serpente Tricolor

14 ago 2019 às 10:54
Por: Luciano Neves
Parrel anunciou a saída do Cascavel Futsal para jogar na Itália. Foto Luciano Neves -

 A boa campanha na Liga Nacional e no Campeonato Paranaense da Chave Ouro fez o torcedor do Cascavel Futsal sonhar alto em 2019. Os bons jogos do time de Cassiano Klein fizeram a torcida acreditar na sexta conquista do Estadual. E quem sabe até figurar entre os principais clubes do país nas fases decisivas da Liga Nacional, a exemplo do que fez o Pato Futsal no ano passado. As duas competições estão prestes a entrar na fase de mata-mata. Pela Liga, o Cascavel Futsal ainda tem mais dois jogos na fase inicial. E na Chave Ouro, o time fará mais cinco partidas na primeira fase.

Só que a euforia dos bons resultados deu lugar à preocupação para o torcedor. Num curto espaço de tempo, o Cascavel Futsal perdeu cinco jogadores. Quatro deles, inclusive, vinham sendo pilares do técnico Cassiano Klein. O último a deixar o time foi Parrel. O jogador que veio do Marechal fazia grande temporada com a camisa da Serpente Tricolor. Ele marcou 11 gols neste ano, sendo nove no Estadual e mais dois pela Liga Nacional. O camisa 13 trocou a Serpente Tricolor para atuar no futsal da Itália. Antes dele saíram Madson, que até não vinha sendo muito aproveitado pelo treinador, e Deivão, que jogou pouco neste ano e trocou o time cascavelense pelo futsal de Portugal.

As ‘pancadas’ vieram da semana passada para cá. Na véspera do jogo contra o Matelândia, pelo Estadual, em que o Cascavel Futsal venceu por 5 a 1, Cassiano Klein perdeu dois atletas que vinham atuando constantemente: o goleiro Alê Falcone e o ala Éder. E agora, às vésperas de um jogo decisivo pela Liga Nacional, cuja vitória pode selar uma posição privilegiada para o Cascavel Futsal e permitir que ele termine entre os oito primeiros, o time perdeu mais um atleta. “A gente acredita muito no jogo coletivo. Quando viemos para Cascavel, viemos com um projeto de médio a longo prazo, com a ideia de trazer jogadores jovens e jogadores um pouco mais experientes, para que você consiga ter uma equipe com harmonia. Começamos o trabalho lá no mês de janeiro com essa ideia para chegar no final do ano com uma equipe muito equilibrada. Para se construir uma equipe não se faz em dois, três meses, leva tempo”, disse o treinador. 

“Tivemos as saídas do Parrel, do Deivão, do Alê Falcone e do Éder, jogadores experientes que eram os pilares da equipe. Claro que temos outros jogadores no grupo que fazem muito bem isso, mas projetamos uma equipe para chegar forte nesta época do ano. O que vamos fazer no Cascavel Futsal é continuar trabalhando. O ponto positivo é que o time está fazendo uma grande temporada nacionalmente. E isso aumenta o interesse de clubes da Europa pelos nossos jogadores. Soubemos que mais atletas do clube receberam propostas de fora e que eles optaram por ficar. Isso nós deixa felizes e mostra que o trabalho está sendo valorizado. Mas queremos que estes atletas sigam até o final. Com isso, a chance da gente conquistar algo aumenta com a presença deles”, disse o treinador.

Cassiano Klein não condena a saída dos atletas. Ele explica que o futsal no Brasil ainda é tratado como esporte amador e por consequência disso, por brechas jurídicas, não há um vínculo que resista  às investidas dos clubes de fora. 

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Reforços

Até agora, a diretoria contratou dois reforços: os alas Bichinho e Claudinho. O primeiro já estreou com a camisa do Cascavel Futsal e atuou diante do Matelândia no sábado passado. Já Claudinho teve ter condições de jogo na próxima sexta (16) diante da Intelli. O time necessita de mais um goleiro de maneira imediata, já que conta hoje apenas com Thiago e Barack para a posição. E vai precisar de mais reforços para suprir essas saídas. Mas até pela época do ano, é difícil fazer essa reposição à altura dos atletas que saíram. Pela dica de Pedrinho Muffato, um dos dirigentes do Cascavel Futsal, serão contratados atletas apenas para compor grupo. 

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