Imagino que a pequena Stefhany Beatriz Popoaztki teve que compartilhar muitas novidades com seus amiguinhos de escola esta semana. Ela fez uma viagem para Lima, no Peru, e retornou na noite de segunda-feira. E deve ter trazido consigo uma lista imensa do que viu na capital peruana. A jovem ginasta de dez anos usou o olhar de aventureira para gravar na memória todas as imagens possíveis. Por exemplo, o trânsito caótico e a hospitalidade do povo local. Obviamente, ela não foi ao Peru sozinha e teve companhia da técnica Margarete de Oliveira. A missão: representar a Seleção Brasileira de GR no Campeonato Sul-Americano de Ginástica Rítmica. Imagino também que ela explicou para os amiguinhos o significado de cada uma das quatro medalhas de ouro conquistadas na competição. “Ela conseguiu uma medalha de ouro no geral, que é a nota dos três aparelhos que ela fez. E isso gerou o título sul-americano da categoria pré-infantil. Também ganhou um ouro por equipes. Ganhou uma medalha de ouro no arco e outra no mãos livres, que é sem aparelhos”, explicou a técnica.
De acordo com a observação de Margarete, Stefhany teve fortes emoções ao se aventurar nos tablados de Lima. “Nos primeiros dias da competição foi um pouco mais emocionante. Ela estava disputando o geral e todas as atletas estavam meio próximas. E no último aparelho, a Stefhany consegui tirar a diferença e ficar na frente. Conseguiu fazer uma série de arco muito boa. E na final foi mais tranquilo, ela ganhou com uma boa diferença nos aparelhos que ela competiu. Conseguiu ganhar o mãos livres com uma diferença muito boa, conseguiu ganhar o arco com uma diferença muito boa das demais. Só o geral mesmo em que ela gosta de viver ‘altas aventuras’ e deixou para tirar a diferença no último aparelho. Mas no geral ela competiu muito bem, apesar de estar muito nervosa. Mas a responsabilidade era muito grande para uma atleta muito nova. Ela conseguiu superar nossas expectativas, graças a Deus”, disse Margarete.
Stefhany se classificou para o Sul-Americano num torneio seletivo para a categoria pré-infantil. Depois, ela disputou o Campeonato Brasileiro e foi campeã nacional. Margarete de Oliveira lista Stefhany e várias atletas da GR de Cascavel como grandes promessas do esporte. “Ela é uma das promessas, mas temos outras ginastas tão promissoras quando ela. Tivemos duas atletas que foram campeãs brasileiras este ano também, a Júlia Lara e a Mariana Batista. Temos outras meninas que ainda não tiveram destaque este ano, mas têm um futuro muito bom na GR”, avaliou a treinadora.