Depois de dez edições consecutivas sendo realizado na América do Sul, o Rally Dakar de 2020 ocorrerá na Arábia Saudita. Os organizadores da tradicional prova de resistência anunciaram a mudança nesta segunda-feira, por meio de um comunicado oficial.
Os detalhes da próxima edição do mais importante evento de rali do mundo serão divulgados em uma conferência de imprensa no próximo dia 25, quando deverá ser conhecido o percurso determinado para a corrida.
A organização do Rally Dakar ressaltou que a prova de 2020 ocorrerá "nos profundos e misteriosos desertos do Oriente Médio, na Arábia Saudita", país que se tornou o novo local de disputa de um evento que começou a ser realizado em 1977.
Antes chamada de Rally Paris-Dakar, pois tinha a sua largada na capital francesa e chegada na principal cidade do Senegal, a competição ocorreu principalmente em países da África durante 30 anos, antes de migrar para a América do Sul por causa de problemas de segurança nas últimas edições da prova no continente africano. A edição de 2008 chegou até a ser cancelada depois de ameaças de terrorismo na Mauritânia.
"Depois de 30 anos descobrindo a beleza da África e uma década de aventuras explorando a paisagem espetacular da América do Sul, um novo capítulo na história do Dakar será escrito com o maior rali do mundo fazendo a sua estreia no Oriente Médio, na Arábia Saudita. O mega evento oferece aos pilotos mais do que apenas uma jornada. O rali será uma oportunidade para aqueles que se atrevem a testar-se em uma paisagem desconhecida e um terreno inexplorado, definindo a cena de um palco ideal para provar suas habilidades de condução, destreza de navegação e forma de encarar um desafio", ressaltou a organização da prova no comunicado divulgado nesta segunda-feira.
"É um desafio grande, com esta página em branco (local nunca explorado pata a prova), com possibilidades ilimitados", afirmou o diretor do Rally Dakar, David Castera, ao comentar a mudança de sede do evento, cuja edição deste ano ocorreu inteiramente no Peru. O fato foi considerado um risco para os organizadores e limitou as opções de possíveis mudanças de percurso em caso de problemas para realização do rali no país.
E a saída da prova da América do Sul, onde começou a ser disputada a partir de 2009, acabou ocorrendo depois de Chile, Bolívia, Paraguai e, finalmente a Argentina, deixarem de ter interesse em abrigar a competição após serem palcos da corrida em outras ocasiões ao longo dos últimos dez anos.