O brasileiro Lucas Di Grassi teve um final de semana perfeito em Montreal, no Canadá, e garantiu o título da temporada da Fórmula E. Depois de vencer a prova no sábado, Di Grassi apenas administrou a vantagem neste domingo, terminou a segunda corrida da etapa canadense em sétimo lugar e garantiu a taça inédita para a sua carreira no automobilismo.
O título também coroa o domínio brasileiro na categoria. Nelsinho Piquet venceu a temporada inaugural em 2014/2015. Depois, o suíço Sebastien Buemi ergueu o troféu em 2015/2016 e tinha tudo para conseguir o bicampeonato, mas o desinteresse do piloto e a falta de sorte na reta final levaram Di Grassi ao topo da tabela de classificação.
Buemi liderava com folga o campeonato, mas desistiu de participar de duas corridas da etapa de Nova York (dias 15 e 16 de julho) e viu Di Grassi diminuir a vantagem para dez pontos. Em Montreal, o brasileiro fez a pole e ganhou a corrida no sábado. O suíço tinha terminado a prova em quarto lugar, mas foi desclassificado por uma irregularidade no peso do carro.
Com isso, Di Grassi chegou na prova deste domingo com uma vantagem de 18 pontos na liderança do campeonato. Para melhorar, o brasileiro largou na quinta colocação, enquanto Buemi saiu do 14º lugar. Para deixar Di Grassi ainda mais tranquilo, o suíço levou um toque logo na largada e precisou fazer uma parada extra nos boxes.
De olho no único concorrente pela taça, o brasileiro fez uma corrida preventiva. Logo depois da largada caiu para o sétimo lugar. Depois perdeu mais uma posição. Estava tudo sob controle, pois Buemi não conseguia sair das últimas colocações e terminou em 11º.
A corrida deste domingo teve vitória do francês Jean-Éric Vergne, a primeira de sua carreira. O sueco Felix Rosenqvist terminou em segundo lugar e o argentino José María López completou o pódio. O brasileiro Nelsinho Piquet abandonou a prova.
Após as duas últimas corridas no Canadá, Di Grassi terminou a competição com 181 pontos, contra 157 de Buemi. É o principal título na carreira do piloto de 32 anos, que teve uma passagem discreta pela Fórmula 1 em 2010, quando correu pela Virgin Racing.