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Promotor do GP do Brasil minimiza assalto à equipe Mercedes e critica repercussão

13 nov 2017 às 06:05
Por: Estadão Conteúdo

O promotor do GP do Brasil de Fórmula 1, Tamas Rohonyi, lamentou o assalto e as tentativas de roubo a equipes da categoria durante o fim de semana da corrida em São Paulo. Mas minimizou os episódios de violência e criticou a forte repercussão que os casos ganharam no sábado e no domingo.

"Lamentamos o que aconteceu, foi muito desagradável. Mas isso não pode virar o assunto do GP", disse Rohonyi ao Estado. "Vamos colocar isso dentro de um contexto. Alguém morreu? Não, ninguém morreu. Roubaram três laptops e quatro celulares."

Rohonyi rebateu as críticas dos estrangeiros, principalmente de dirigentes das equipes, ao apontar o risco de atentados terroristas em eventos esportivos nos Estados Unidos e na Europa, onde são disputadas a maior parte das corridas do calendário da Fórmula 1.

"Eu acho isso assalto menos grave do que uma bomba que explode em Manchester, no meio de um show, ou o que acontece em Londres quando uma van passa por cima de vinte. Ou o que aconteceu em Paris, em Las Vegas", enumerou.

Equipes e integrantes de Fórmula 1 registraram ao menos quatro ocorrências policiais entre sexta-feira e sábado. Na noite de sexta, uma van com integrantes da Mercedes foi assaltada logo após deixar o Autódromo de Interlagos, por volta das 21 horas. Funcionários da equipe alemã tiveram roubados computadores, celulares, relógios e até passaportes.

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Na mesma noite, uma van da Williams foi abordada por assaltantes. E um veículo da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) sofreu tentativa de assalto. Mas, como era blindado, escapou no meio do trânsito. Na noite de sábado, uma dirigente da Sauber revelou tentativa de assalto a uma van da equipe.

Para o promotor do GP brasileiro, os casos foram pontuais. "Lamentavelmente existe crime. Se um sujeito sai de Interlagos às 23 horas, numa van com letreiro gigante da Mercedes, existe um risco. Poderia ter acontecido aqui ou em outro país. O Bernie Ecclestone foi duas vezes assaltado no centro de Londres. Foi até agredido para roubarem um relógio", afirmou, referindo-se ao bilionário ex-chefe da Fórmula 1.

Rohonyi garantiu que todas as providências foram tomadas. E afirmou que não conta com medidas de segurança extras para a edição de 2018 da prova brasileira da Fórmula 1. "Não tem o que fazer. Quantos policiais tem lá fora? Nunca vi tanto policial na minha vida. Não adianta esperar que a polícia vá evitar todos os crimes."

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