A Sauber surpreendeu ao anunciar nesta quarta-feira, poucos dias antes do GP do Azerbaijão, que será disputado em Baku, no domingo, a saída da chefe de equipe Monisha Kaltenborn. A decisão foi tomada em consenso e tem validade imediata.
Primeira mulher na história a chefiar uma equipe de Fórmula 1, Kaltenborn chegou à Sauber em 2000 e foi conquistando espaço até assumir o posto máximo em 2012. Seu substituto, segundo comunicado emitido pela Sauber, será definido em breve.
"A Longbow Finance SA lamenta anunciar que, por consenso mútuo e devido a divergências de visão sobre o futuro da companhia, Monisha Kaltenborn deixará sua posição no Grupo Sauber imediatamente", publicou a equipe em seu site oficial, em comunicado assinado por Pascal Picci, presidente do conselho diretivo da Sauber Holding AG.
"Nós a agradecemos pelos muitos anos de firme liderança, grande paixão pela equipe Sauber e desejamos o melhor para o seu futuro. Seu sucessor será anunciado em breve; nesse meio tempo, nós desejamos a melhor sorte possível ao time no Azerbaijão", acrescentou o comunicado.
Kaltenborn, de 46 anos, teve certo conflito com o brasileiro Felipe Nasr, piloto da equipe entre 2015 e 2016 até ser substituído por Pascal Wehrlein. Especulou-se, inclusive, que ele receberia tratamento de segundo piloto frente ao companheiro, o sueco Marcus Ericsson.
Este, aliás, não foi o único comunicado emitido pela Sauber nesta quarta, que veio a público negar o favorecimento do sueco frente a Wehrlein. "Esses comentários não só obviamente são falsos, como são contrários ao absoluto e antigo compromisso da equipe por uma disputa leal", defendeu-se a Sauber.
A equipe, contudo, vem encontrando sérias dificuldades neste ano. Wehrlein soma apenas quatro pontos e Ericsson nenhum, deixando a Sauber na penúltima colocação da temporada, à frente somente da McLaren.