Desde 1982, quando participou pela primeira vez do Rally Universitário, que Reinaldo Varela entra com o pé direito em seu equipamento, seja ele carro, moto ou UTV. A superstição desde então vem dando certo e culminou no ano passado com o primeiro título dele no Dakar, maior rali do mundo.
Para este ano, Varela quer entrar com o pé direito de vez na história do off-road brasileiro: ao lado do fiel navegador Gustavo Gugelmin, ele corre entre os dias 7 e 17 no Peru em busca do inédito bicampeonato (que seria o terceiro título consecutivo do país, após Leandro Torres e Lourival Roldan abrirem a porteira em 2017).
"É o maior e mais desafiador rali do mundo e vou para vencer", conta Varela, que, aos 59 anos, é o destaque da equipe Monster Energy Can-Am X3, e demonstra o mesmo entusiasmo do filho, Bruno Varela, que faz sua estreia no rali em 2018, seguindo os passos do pai.
Neste ano, com 5.603 km de distância total, sendo 2.961 de trechos cronometrados, o Dakar se concentra em território peruano e explorará uma característica peculiar do local: o solo arenoso. "Serão muitos quilômetros de muita areia e muitas dunas. É a cara do evento, o Dakar sendo Dakar. Será difícil como sempre", ressalta Varela, que utilizará um modelo Can-Am Maverick X3 na edição deste ano.
"O Dakar é a Fórmula 1 do rali!", ressalta o navegador de Varela, Gustavo Gugelmin, que tem no currículo títulos maiúsculos como o Mundial de Cross Country em 2012 e o Rally dos Sertões de 2015, além, claro, do Dakar. "Este [o Dakar] é o máximo desafio do mundo 4x4. Nele, você supera três fatores: pessoal, profissional e físico", destaca.
Além de Varela e Gugelmin, o Brasil também contará no Dakar com Bruno Varela/Maykel Justo, Cristian Baumgart/Beco Andreotti, Marcos Baumgart/Kleber Cincea e Lourival Roldan nos UTVs, além de Marcos Colvero e Lincoln Berrocal nas motos.
Fonte: Vipcomm