O torcedor do Cascavel Clube Recreativo (CCR) vai se lembrar desse fato. Antes é preciso ressaltar que essa torcida do CCR torce apenas para o CCR e não tem afinidade com o Futebol Clube Cascavel (FCC). No 02 de fevereiro de 2011, o CCR conquistou a sua última vitória na primeira divisão do Campeonato Paranaense. Portanto, nesta sexta (02) completaram sete anos em que a Cobra Tricolor não conquista uma vitória na elite estadual. Voltando ao jogo do dia 02 de fevereiro de 2011, o CCR, então treinado por Ivair Cenci, que hoje dirige o União de Francisco Beltrão, recebeu o Atlético-PR no Estádio Olímpico. Sidiclei, que hoje trabalha como auxiliar-técnico do clube, era jogador da Cobra.
O Furacão contava com nomes importantes como Paulo Baier, hoje treinador do Toledo. No entanto, suspenso, ele não participou daquele jogo. Com isso, o candidato a protagonista foi o baixinho Madson.
O CCR não havia começado bem o Campeonato Paranaense daquele ano. Ainda buscava a primeira vitória. E Ivair, recém-chegado ao clube, fez mudanças significativas no time titular. Ele apostou nos meninos da base. E foi assim que consolidou o resultado positivo sobre o Atlético-PR por 2 a 0, no Olímpico. O experiente Irineu, hoje auxiliar técnico do Cianorte, abriu o marcador. E Kinho, atleta que foi revelado pelo CCR, marcou o segundo gol do jogo. Pena que aquela vitória do dia 02 de fevereiro de 2011 foi a única do CCR no Estadual e não evitou a queda para a segunda divisão.
Sete anos se passaram e a Cobra Tricolor prepara outro ‘bote’ para retornar para a elite estadual. Neste intervalo, o time caiu da segunda para a terceira divisão. Ficou um ano inativo. Foi campeão da terceirona e disputou as duas últimas edições da segunda divisão, porém, não teve o êxito de retornar.
A chance se oferece em 2018. Para recolocar o time entre os grandes do Estado, a aposta foi em Agenor Piccinin, que é considerado o ‘Rei dos Acessos’. O treinador acumula onze acessos ao longo de sua carreira.
“Eu tenho que agradecer a confiança da direção e da comunidade do CCR. O desafio é imenso e nós sabemos que o grau de disputar uma competição como a segunda divisão estadual não é só o futebol. Tem várias situações extracampo. São vários situações que é preciso ter cautela, esperteza e sobretudo inteligência nas decisões para que você possa atingir o objetivo”, disse ele.
Primeiro desafio
O CCR estreia no Campeonato Paranaense da segunda divisão no próximo dia 11 de fevereiro. O primeiro adversário será o Independente de São José dos Pinhais e as duas equipes vão se enfrentar no Estádio Olímpico. A segundona de 2018 vai ter a mesma fórmula de disputa do ano passado. Na primeira fase, os dez times se enfrentam entre si em turno único e os oitos primeiros colocados avançam para a segunda fase. Nesta etapa do torneio, os oito times são separados em dois grupos de acordo com a classificação da primeira fase. Em uma chave ficam o primeiro, o quarto, o quinto e o oitavo colocados. Na outra ficam o segundo, o terceiro, o sexto e o sétimo. Apenas o campeão da cada grupo garante o acesso para a primeira divisão. No ano passado, o CCR alcançou a segunda fase do torneio, mas ficou atrás do Maringá em seu grupo.
Agenor Piccinin já iniciou o trabalho de análise dos outros nove concorrentes ao acesso para a elite. “Nós temos que cuidar muito bem da nossa equipe e vigiar mais nove para saber como elas estão na competição. São estratégias que nós temos que utilizar. É uma competição curta, mas é uma competição muito difícil”, disse.