A segunda-feira no Botafogo foi de demissões e "home office". A diretoria do clube confirmou que realizou cortes no seu departamento pessoal em função da queda nas receitas provocadas pela paralisação das atividades por causa da pandemia do coronavírus. As saídas se deram no mesmo dia em que o elenco recebeu instruções para treinar em casa com o fim do período de férias.
"A decisão do Conselho Diretor foi tomada considerando as implicações orçamentárias com a vertiginosa queda de receitas, bem como o cenário que se desenha para os próximos meses no âmbito esportivo, econômico e na rotina da sociedade em geral", anunciou o Botafogo em comunicado oficial.
O clube destaca que negocia a revisão de contratos, incluindo acordos com fornecedores. Mas também afirma que a crise financeira não mudará a sua postura, assegurando seguir sendo contra a retomada das atividades esportivas enquanto não houver segurança sanitária.
"O clube reafirma estar monitorando de forma permanente a evolução da COVID-19 junto às autoridades de saúde e esportivas, com a expectativa de que as atividades presenciais sejam retomadas apenas com a garantia de segurança a todos os envolvidos. É inegociável expor de forma arbitrária os seus atletas e funcionários durante a atual conjuntura", diz o clube alvinegro.
No mesmo dia em que realizou demissões, o Botafogo buscou retomar algum trabalho com o elenco, em recesso desde março. Em uma reunião, o clube definiu que as atividades serão virtuais. E o grupo de jogadores recebeu uma programação especial de treinamentos físicos e acompanhamentos nutricionais, psicológicos e médicos com o intuito de que o processo de readaptação dos atletas ocorra da melhor forma.
O elenco recebeu orientações do técnico Paulo Autuori, do vice-presidente de futebol Marco Agostini, do coordenador médico Christiano Cinelli, do nutricionista Rodrigo Vilhena, do fisiologista Manoel Coutinho, do psicólogo Paulo Ribeiro e da assistente social Maristela do Carmo.