Mesmo com um jogador a mais por quase 15 minutos, o Operário não conseguiu os três pontos diante do Toledo, dentro do Germano Krüger, pela décima rodada do Campeonato Paranaense. O Alvinegro saiu na frente no começo do jogo, mas levou o empate na segunda etapa e não teve inspiração para buscar o resultado.
Este é o terceiro resultado ruim consecutivo do Operário dentro de casa. Pela nona rodada do Paranaense, no último domingo (1º), o Fantasma foi derrotado por 3 a 1 pelo time de aspirantes do Athletico. No meio da semana, a dolorida derrota por 2 a 0 para o América-MG que eliminou a equipe ponta-grossense da Copa do Brasil. Com a sequência ruim, o clima era de tensão na arquibancada e também dentro de campo.
O jogo
Antes da partida começar, parte da torcida alvinegra protestou contra o time. Entre gritos de ‘fora, Gersinho’ e ‘Estadual virou obrigação”, o torcedor pedia mais vontade do elenco dentro de campo.
E parecia que seria isso que os mais de 3,4 mil torcedores que foram ao GK neste domingo veriam no início do jogo. Logo aos três minutos, Cleyton ganhou da marcação e chutou cruzado, mas o goleiro defendeu. No rebote, Jefinho empurrou para o gol vazio e marcou o primeiro do Operário. Na comemoração, praticamente todos os jogadores correram até o treinador para mostrar apoio e união.
O domínio continuou nos minutos seguintes e os visitantes tiveram muito trabalho para conseguir deixar o campo de defesa. O jogo só se tornou mais equilibrado a partir dos 15 minutos, quando a defesa do Fantasma errou e Vieira perdeu boa oportunidade. Em seguida, Cleyton colocou uma bola no travessão e tentou devolver o comando do jogo ao Operário.
O que prometia ser uma partida inspirada em Vila Oficinas, no entanto, se mostrou mais um exemplo do que tem levado a torcida a protestar. O jogo ficou truncada e com poucas chances para os dois lados, o que irritou o torcedor e provocou até mesmo vaias durante o jogo e também na saída dos times para o intervalo.
Segundo tempo
O Operário começou o segundo tempo com duas chances: Bustamante chutou forte e o goleiro espalmou para fora; no escanteio, Sosa desviou e a bola saiu pela linha de fundo. Aos poucos, o Toledo começou a sair para o jogo em busca do empate fora de casa para se afastar da zona da degola.
E se a situação para a comissão técnica já estava complicada com o time à frente no placar, tudo ficou pior a partir dos 17 minutos. Bustamante recebeu sozinho de frente para o gol, mas demorou para chutar e perdeu a bola. Cinco minutos depois, Christian chutou de fora da área no canto de Rodrigo Viana e empatou a partida. Logo após a saída da bola, PH invadiu a área e bateu cruzado – a bola passou perto e o Porco quase virou o jogo.
Hector Bustamante ainda teve boa chance de colocar o Operário na frente aos 27, mas a bola foi para fora. O jogo esquentou e Mineiro, do Toledo, foi expulso após falta dura em Douglas Coutinho. Com um a mais, a expectativa era de que o Fantasma crescesse dentro de campo e buscasse o gol da vitória. No entanto, a partida continuou travada e os visitantes tentavam a todo custo deixar o jogo mais lento.
Pressão e bolas jogadas na área foram constantes na busca pelo gol da vitória. Cleyton, aos 49, quase marcou. No escanteio, a defesa do Toledo tirou de qualquer maneira e conseguiu se segurar. Deu tempo até de Jefinho fazer o segundo, mas a arbitragem viu impedimento e anulou a jogada. A cada erro, mais vaias do torcedor e a paciência se esgotou de vez com o apito final. Contra um time que briga contra o rebaixamento, o Operário não encontrou meios de vencer a partida e mostrou falta de inspiração e repertório para buscar o resultado.
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