O Brasil fechou com chave de ouro a sua participação nos Jogos Olímpicos da Juventude, que estão sendo disputados em Buenos Aires. Nesta quinta-feira, último dia de competição, a seleção masculina de futsal venceu a Rússia por 4 a 1 e garantiu o primeiro lugar do torneio. O bronze ficou com o Egito, que surpreendeu a dona da casa Argentina e ganhou de virada por 5 a 4.
Nas arquibancadas, a torcida brasileira fez grande festa. Ela tinha boa presença no ginásio, que não estava lotado (3.400 espectadores presentes), e muitos atletas do Time Brasil foram até o Parque Tecnópolis, local do duelo, para torcer pelos companheiros. Keno Marley, campeão no boxe no dia anterior, levou a sua medalha de ouro no peito e exibiu com muito orgulho.
Com a bola rolando, o Brasil pressionou bastante até que Karpiuk marcou contra a própria meta, em lance inusitado, até porque ele chutou direto para o gol. A partir daí, o duelo ficou equilibrado e aos poucos os russos foram absorvendo o golpe e passaram a apertar. Na meta brasileira, o goleiro Françoar fazia ótimas defesas.
O confronto também tinha entradas mais fortes e muitas encaradas. A cada dividida ou travada de bola, os russos olhavam feio para o seu marcador e os brasileiros respondiam. Como valia o primeiro lugar da competição, o excesso de vontade era compreendido. Ainda mais porque a Rússia já havia perdido por 6 a 1 do Brasil na fase de grupos, na estreia das seleções no torneio. Houve até um princípio de briga após o jogo, mas logo contido pela turma mais calma.
No segundo tempo, o Brasil fez o segundo gol logo de cara com Breno, o que deu mais tranquilidade ao time. Do outro lado, com apenas cinco minutos a Rússia foi para o desespero, colocando goleiro-linha. A estratégia deu errado e Moura fez o terceiro gol, com facilidade. No final, Samusenko diminuiu, mas o goleiro Françoar deixou a sua marca e garantiu a festa verde e amarela em Buenos Aires.
A Fifa colocou o futsal pela primeira vez no programa olímpico e o evento serviu de teste para ver a possibilidade de entrar em outras edições. Para os Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão, em 2020, a modalidade não vai fazer parte, mas existe o debate para ser incluído nas próximas edições. Para o Brasil, seria uma modalidade com grandes chances de pódio em competições futuras.