A seleção brasileira masculina de polo aquático não teve forças contra a forte equipe de Montenegro - atual vice-campeã europeia e quarta colocada nos Jogos Olímpicos do Rio-2016 -, nesta quarta-feira, e foi derrotada por 14 a 5, pela segunda rodada do Grupo A do Mundial de Esportes Aquáticos, que está sendo disputado em Budapeste, na Hungria.
Com a derrota, o Brasil está empatado na segunda colocação com o Casaquistão, a quem derrotou na estreia por 6 a 2, com dois pontos. Montenegro lidera com três e o Canadá é o lanterna, com um. Nesta sexta-feira, às 12h30 (de Brasília), os brasileiros enfrentarão os canadenses e precisam de uma vitória para avançarem às quartas de final.
Mesmo com defesa agressiva, o Brasil não resistiu ao forte poderio ofensivo dos europeus e perdeu em todos os períodos da partida - 4 a 0, 3 a 2, 4 a 2 e 3 a 1. A maior diferença da partida veio no primeiro quarto, em que Montenegro, logo no segundo ataque, abriu o placar, em um lance com homem a mais. Na saída de bola, o Brasil colocou uma bola na trave, mas neste contra-ataque sofreu o segundo gol. O goleiro brasileiro, o sérvio naturalizado Slobodan Soro, teve grande atuação, impedindo um placar mais dilatado.
"No começo tomamos gols de centro, de contra-ataque e a nossa proposta era não tomar gols de centro, contra-ataques e bolas pelas pontas. Então dá uma desequilibrada e eles ficam mais tranquilos jogando. Depois fomos tentando buscar, mas a experiência fala mais alto. Ter cometido esses erros foram importantes para que possamos corrigir, nesse dia de folga, para entrar bem contra o Canadá - disse o atacante Gustavo Coutinho, o Guzinho.
"Hoje (quarta-feira) enfrentamos um time de alto nível, que mostrou nossas dificuldades. Tomamos gols que não podemos. Quando jogamos com times desse nível, não podemos errar tanto. Agora temos que levantar a cabeça para ganhar do Canadá. Se a gente ganhar do Canadá vai ser a primeira vez que o Brasil se classifica para a Copa FINA, é um peso a mais, mas não podemos perder essa oportunidade. É um time forte, mas que já conhecemos e vencemos", analisou Ângelo Coelho, treinador do Brasil.