Confira a reportagem completa do primeiro jogo das semifinais entre o Cascavel Futsal e o Marreco de Francisco Beltrão. A matéria foi exibida na edição desta quinta (09) do Tarobá Esporte. Foi um trabalho em conjunto. As imagens são de Eduardo Bitencourt, Marcos Pí e Renan Alves. A edição é de Renan Alves.
Abaixo o post com a repercussão do jogo.
Ao longo do Campeonato Paranaense da Chave Ouro, muita gente apostou em uma decisão entre Cascavel Futsal e Marreco de Francisco Beltrão. Eu mesmo, em várias ocasiões, disse que a final ideal seria entre os dois times. Porém, o confronto decisivo do Estadual terá apenas um dos gigantes do Paraná. Resta saber quem vai decidir o título: o tradicional Cascavel Futsal, maior vencedor do Estado e time que esteve presente em nove finais? Ou o Marreco, que estruturou um grande elenco e faz uma grande temporada, inclusive, é semifinalista da Liga Nacional?
O detalhe é que o Marreco está em vantagem. Isso porque venceu o jogo de ida das semifinais do Estadual por 5 a 1, na noite de quarta-feira (08), no ginásio Arrudão. O time de Francisco Beltrão estava com a Serpente Tricolor entalada na garganta. Afinal de contas, havia sido derrotado nos dois jogos da fase inicial. Em um deles, foi goleado em casa por 5 a 0. Sem contar que na vez que chegou mais perto de decidir o título, em 2014, parou justamente no Cascavel Futsal nesta mesma fase do campeonato.
No primeiro jogo da semifinal, o Marreco teve como destaques os artilheiros Barbosinha e Sinoê. Cada um marcou duas vezes e ambos dividem a artilharia da equipe no Estadual com 16 gols. Barbosinha abriu e fechou a goleada com o primeiro e o quinto gols do Marreco. Sinoê marcou o segundo, em uma linda cobrança de falta, e o quarto do time de Francisco Beltrão. Sol Sales foi o responsável pelo terceiro gol do time da casa. Quando perdia por 3 a 0, o Cascavel Futsal conseguiu balançar as redes com Issamu.
Resta saber qual é o tamanho dessa vantagem do Marreco no jogo de volta, programado para o dia 18 de novembro, no ginásio da Neva. Em 2017, a Chave Ouro tem um regulamento que pode criar uma situação diferenciada: uma disputa de pênaltis, algo que não acontecia nos anos anteriores, quando as fases de mata-mata tinham a possibilidade de ter três partidas. Agora, serão apenas dois jogos e o Marreco só precisa do empate para avançar para a decisão. E esta é uma vantagem interessante. O detalhe é que uma derrota no jogo de volta não elimina o time de Francisco Beltrão. Mas vai colocar as duas equipes em pé de igualdade numa situação muito peculiar, que é a disputa de pênaltis. Nesse caso, competência não basta para buscar a vaga na decisão. É preciso ter sangue frio para contornar a pressão psicológica imposta pela situação, além, é claro, de uma boa dose de sorte.
Para chegar em sua décima decisão da Chave Ouro, o Cascavel Futsal vai ter que contar com essa sorte. Vencer a partida de volta não basta. Não vai lhe dar uma vantagem por ter feito uma melhor campanha na primeira fase do campeonato. Em outras épocas, vencer o jogo de volta depois de uma derrota levaria para um terceiro jogo e o time que teve melhor desempenho desde o início do campeonato recuperava a vantagem.
E foi justamente este fator que acarretou um prejuízo maior para o time de Nei Victor. O lado bom dessa situação é que, pela dica do goleiro Alê Falcone, o time já vinha antecipando essa possibilidade de uma disputa por pênaltis. Ele revelou que treinou exaustivamente cobranças de penalidades antes mesmo dos duelos contra o Campo Mourão nas quartas de final. O arqueiro que fez dezenas de defesas difíceis ao longo do campeonato pode cravar o seu nome na história do clube se for decisivo no jogo de volta. O que é certo é que a busca pela vaga na final para o Cascavel Futsal vai ter um tempero de dramaticidade. O posto em mais uma decisão só é possível pela decisão por pênaltis.