O Cascavel Futsal criou uma tradição em contar com bons goleiros ao longo de sua história. O mais marcante de todos eles, sem dúvida, foi Donny, que ajudou o time a conquistar todos os principais títulos da Serpente Tricolor. Mas depois, Donny, que já está aposentado, conseguiu passar o bastão para bons e jovens goleiros. O substituto imediato foi Deivd, que depois sairia do Cascavel Futsal para se destacar no Brasil. O time contou ainda com Henrique, que hoje defende o Carlos Barbosa, e Alê Falcone, que começou esta temporada mas depois trocou a camisa da Serpente Tricolor pelo futsal de Portugal.
Depois de Donny, nunca a figura do goleiro será tão importante para o Cascavel Futsal quanto o jogo deste sábado (10). Parece exagero mas não é. Isso porque, a classificação para as semifinais do Campeonato Paranaense da Chave Ouro de 2018 vai depender, necessariamente, de um goleiro. O Cascavel Futsal faz o jogo de volta das quartas de final contra o Marreco de Francisco Beltrão, às 20h30, no ginásio Arrudão. Como foi derrotado no jogo de ida por 5 a 3, na última segunda-feira, em casa, o time de Nei Victor tem a obrigação de vencer o jogo de volta para provocar a decisão nos pênaltis. Para conseguir a tão sonhada vaga nas semifinais, o Cascavel Futsal não consegue evitar as penalidades. Em caso de um empate, a classificação será do Marreco.
Por isso, Ari, Ramon e até o jovem Matheus têm uma belíssima oportunidade de gravar seus nomes na história dos arqueiros do clube, que é vasta em virtude do que seus antecessores fizeram no passado. Aliás, entre Ramon e Ari, é difícil dizer quem é titular e quem é reserva. Essa posição passou por diversas instabilidades no decorrer deste ano. Ari foi contratado em virtude de uma séria lesão de Ramon, que era o reserva de Falcone, que o afastou das quadras. Com isso, Ari foi contratado para ser o segundo goleiro. Quando Alê Falcone foi embora, Ramon, recuperado da lesão, assumiu o posto de goleiro principal. No entanto, voltou a se machucar e Ari assumiu o posto de número 1 no gol do Cascavel Futsal.
Neste esporte, em uma disputa de pênaltis, os dois goleiros podem se alternar durante a série de cobranças. Logo, ambos poderão fazer história no jogo deste sábado. Nesse bojo, Nei Victor cogita até usar o jovem Matheus, terceiro goleiro da equipe, nessa eventual decisão por pênaltis. Isso porque o arqueiro se revelou um bom pegador de penalidades nos Jogos Abertos do Paraná (Jap’s) este ano.
Vencer ou vencer
Depositar a esperança da classificação nos três goleiros é quase uma injustiça. Até porque, se os homens de linha tivessem caprichado mais no jogo anterior e o Cascavel Futsal tivesse vencido era ele quem jogaria pelo empate. Nei Victor transfere essa responsabilidade para o todo o elenco. Antes de projetar uma decisão por pênaltis, é necessário vencer o jogo em Francisco Beltrão. Depois sim, para aliviar a carga dos goleiros, é preciso que os batedores melhorem os índices de pênaltis ao longo do ano. “Primeiro é pensar em vencer o jogo no tempo normal. Pretendemos usar muito o goleiro-linha. Os goleiros têm uma grande responsabilidade mas os batedores também têm essa responsabilidade. Tem gente que diz que pênalti é sorte, eu digo que é competência. Se todos os batedores acertarem, dificulta para o adversário e os goleiros terão uma carga menor de responsabilidade. Se os nossos batedores não forem competentes, aí sobra tudo para os goleiros”, explicou Nei Victor.