O Festival de Circo de Londrina, cuja 14ª edição acontece de 12 a 16 de dezembro, divulgou nesta semana a lista dos grupos e artistas escolhidos em sua última seletiva. Foram recebidas quase 200 propostas, tanto do Brasil quanto do exterior, e destas, 16 farão parte da programação oficial do evento. São eles: mágico Arcanjo (Maringá); Circo da Alegria (Toledo); Família do Circo (Chile/Londrina); Trupe Fundacam (Campo Mourão); Núcleo de Circo Fronteira (Foz do Iguaçu); CLAC (Londrina); Coletivo Quimera (Londrina); Troupe Aero Circus (Londrina); Escola de Circo de Londrina (Londrina); Circo Mínimo (São Paulo); Reverendo Fidalgo (Curitiba); Alisson Almeida (Rio de Janeiro); Zirkus (Londrina); Troupe Tangará (Londrina); Capsyle Graffiti (Londrina/El Picadero – Uruguai). O Festival conta com patrocínio da Prefeitura de Londrina, por meio do Programa Municipal de Incentivo à Cultura (Promic).
O integrante da coordenação do Festival de Circo, Sergio Oliveira, frisou que as atividades desta edição vão abranger três frentes: apresentações artísticas, oficinas práticas e palestras. “Com essa ampla programação, que contempla debates, palestras e espetáculos, movimentamos muita gente para assistir, e também as pessoas que vêm de fora para aprender com as oficinas”, citou.
E nesta edição, o Festival de Circo irá homenagear o acrobata Artur Cacciolari, que faleceu em maio deste ano, aos 20 anos de idade, na Itália. “Esse artista veio de Ourinhos a Londrina ainda criança e ingressou na nossa Escola de Circo, onde ficou até a adolescência. Ele se formou na Escola Nacional de Circo, no Rio de Janeiro, e de lá foi para a Europa. E esse início dele nós acompanhamos, vimos de perto seus primeiros passos. E estamos fazendo o espetáculo de final de ano da Escola de Circo de Londrina, assim como o Festival, em sua homenagem, pois sua atuação era incrível, ele era um menino brilhante”, destacou o coordenador.
Oliveira apontou que a grande procura de grupos e artistas para participar do Festival comprova que Londrina tornou-se uma referência para a arte circense. “Além disso, também contribui o fato de que e a programação é muito bacana, incluindo artistas tradicionais, contemporâneo, de cunho social. Isso desperta muito interesse das pessoas”, completou.
Segundo o coordenador, a realização de festivais de circo ainda é uma prática recente no Brasil, porém consolidada em locais como Europa e Ásia. “Com 14 anos de atividade, somos um dos mais antigos festivais de circo da América Latina. Como o circo, na nossa região, tem um conceito itinerante e mais tradicional, esses eventos não costumavam ser realizados. Mas, novos grupos surgiram nos centros urbanos, e com isso veio a necessidade da realização de encontros e festivais, um fenômeno que se repetiu por todo país e América Latina. Em outros continentes essa proposta é mais antiga, mas aqui começou há cerca de 20 anos”, detalhou.
A agenda de atividades do Festival de Circo de 2018 vão se concentrar na Escola de Circo de Londrina, localizada na avenida Saul Elkind, e na Usina Cultural, que fica na Duque de Caxias. As ações também vão ocupar outros espaços da cidade, como o Calçadão e a Concha Acústica.
Oliveira adiantou que já estão confirmadas duas oficinas no Festival. A primeira, conduzida por Rodrigo Matheus, integrante do Circo Mínimo, terá como tema “Direção cênica para espetáculos de circo”. “O Matheus já dirigiu a Escola de Circo da Austrália, e conta com mais de 30 anos de experiência na área. Essa palestra está confirmada para ocorrer no dia 13 de dezembro”, afirmou.
Outra oficina, que será realizada no dia 15 de dezembro, no Ginásio Moringão, vai abordar as acrobacias de chão, com artistas da África do Sul. As inscrições, para estes e outros eventos, serão abertas a partir da próxima semana, quando também será divulgada a programação completa do Festival. O e-mail para contato e informações é o [email protected] .
Com informações N.com