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Cinema

Aguardado por fãs, novo Blade Runner revisita longa de 1982

04 out 2017 às 14:41
Por: Antonio Mendonça

Um dos mais antigos da história do cinema, o gênero de ficção científica nasceu com a função de criar panorama íntimo da noção de humanidade. Por outro lado, as complexas tramas são rejeitadas, vistas como desculpa para exibicionismo de efeitos visuais. Ainda que com um esmero visual marcante, Blade Runner – O Caçador de Androides (1982), de Ridley Scott, fugia do virtuosismo para discutir a contemporaneidade. A expectativa dos fãs é que amanhã, com a estreia de Blade Runner 2049 — sequência do clássico cult —, surja a oportunidade de reencontro com esse universo distópico e filosófico.

Ambientado na Los Angeles de 2019, o filme de 1982 apresenta o caçador de androides Rick Deckard (Harrison Ford). Convocado por superiores, ele deve realizar um “último trabalho”: exterminar quatro androides desertores, conhecidos como replicantes, que fugiram para a cidade. O conflito, tanto físico quanto psicológico, surge quando descobrimos que a atual geração de androides é praticamente tão humana como a própria humanidade.

  

     

Já a Los Angeles futurista se encontra decaída com a poluição e com o clima quente. O design de produção expõe a metrópole com formatos sinistros, onde os arranha-céus se tornam ainda mais ameaçadores com a chuva ácida que cai do céu. O mérito é do diretor de fotografia Jordan Cronenweth, que se inspirou na estética neo-noir de quadrinhos de ficção científica, do clássico Metrópolis (1927), de Fritz Lang, e em filmes noir da década de 1950.

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O filme é baseado no romance Androides Sonham com Ovelhas Elétricas?, de Philip K. Dick, e que completa 50 anos em 2018. Nele, o foco é a sugestão da criação e morte, algo que tensiona a dúvida sobre o que nos torna humanos; já o longa, se desdobra no desejo por humanidade cultivado pelos androides.

Esse sentimento ficou eternizado no ato final do filme quando o androide Roy (Rutger Hauer), antagonista da obra, dá voz a suas últimas palavras. Para o cineasta e professor da área audiovisual Eduardo Aguilar, de 55 anos, o ápice da trama foi marcante desde a primeira exibição.“O impacto foi muito forte. Assisti cinco vezes na época do lançamento. Haviam imagens visualmente poderosas, uma pegada existencialista e uma mescla fascinante entre cinema noir e sci-fi (ficção científica) feita com muito talento”, define.

Adaptado pelos roteiristas Hampton Fancher e David Webb, e dirigido pelo britânico Ridley Scott, que já estava consolidado no cinema de gênero após Alien, O 8º Passageiro, (1979), Blade Runner demorou até ser aceito por público ou mesmo crítica. A primeira versão do filme foi rejeitada após sessão de teste do estúdio, o que fez com que os produtores alterassem o fim e impusessem uma narração em off para guiar o público. Dez anos depois, em 1992, Ridley Scott lançava a primeira “versão do diretor”, repetindo a dose com a versão “Corte Final”, de 2007. Mais próxima ao roteiro original, a versão de 2007 é considerada a mais importante e cultuada.

Expectativa

Muito antecipada por fãs, a continuação, Blade Runner 2049, do canadense Denis Villeneuve, estreia amanhã. Para Eduardo Aguilar, a escolha do diretor só aumenta a expectativa. “Esse pode até ser superior ao anterior, já que o diretor é mais consistente do que o Ridley (Scott), no que diz respeito à temática e ao equilíbrio entre forma e conteúdo. Financeiramente, já é mais difícil de prever, logo que, apesar do original hoje ser cult, ele foi um fracasso comercial”, explica.

 

Com Ryan Gosling e Harrison Ford no elenco, Blade Runner 2049, já foi visto e elogiado no mercado internacional. Na sua conta de Facebook, a jornalista e crítica brasileira Ana Maria Bahiana, comentou que a obra expande a visão e ideias do original. “É ao mesmo tempo sci-fi, ação, mistério, poema visual e proposta filosófica”, escreveu. Na trama, o caçador de androides K parte em busca de Rick Deckard, sumido há anos.

SAIBA MAIS

Uma das obras mais influentes da história do cinema, Blade Runner inspirou vários filmes nos últimos 20 anos. Alguns exemplos:

Ghost in the Shell (1995)

Com temática e estética semelhantes, o anime é uma das obras mais próxima a Blade Runner

Cidade das Sombras (1998)

Estética sombria a história de um personagem perseguido soam familiares

O Soldado do Futuro (1998)

Com roteiro de David Webb, o filme se passa no mesmo universo.

A.I: Inteligência Artificial (2001)

A relação com a humanidade dos replicantes remete a Blade Runner.


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