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Cinema

Trunfo de 'Viva' foi ter promovido roteirista mexicano a codiretor

04 jan 2018 às 06:35
Por: Estadão Conteúdo

Como é praxe nos filmes da Pixar, a equipe de Viva - A Vida é uma Festa fez diversas viagens ao México para captar os detalhes da cultura. O filme absorveu elementos como o uso dos cravos de defunto, cujo perfume guia os mortos, e as oferendas, que são altares para lembrá-los, além dos cachorros conhecidos como Xolo, do papel picado, enfeites de papel recortado, e dos alebrijes, esculturas coloridas de criaturas míticas. Mas talvez o maior trunfo tenha sido promover o roteirista Adrian Molina, de origem mexicana, a codiretor.

"Quando era criança, morava numa casa com várias gerações da minha família", contou Molina. "Meus avós tinham se mudado do México para os Estados Unidos e só falavam espanhol. Minha geração só falava inglês, e meus pais ficavam no meio. Mas cada um tinha algo a ensinar e a aprender. Não há por que recorrer a clichês se você pode usar a beleza real dessas tradições."

O Dia de los Muertos é celebrado na mesma data de Finados no Brasil, mas o significado é bem diferente. "É como uma reunião de família, pois se trata do dever de se lembrar dos seus antepassados", disse Molina. "Muita gente se surpreende, porque é uma festa edificante, de celebração. Acho que ao assistir ao filme as pessoas vão perceber como isso pode fazer bem à alma. E que é uma bela cultura, da qual os mexicanos devem ter orgulho."

Mesmo sem ter nada de latino-americano, Lee Unkrich contou ter absorvido o costume de fazer ofrendas para seus antepassados - o diretor perdeu seu pai poucos dias depois da estreia do filme nos EUA. "Tenho caixas de fotos da família e nem sei quem são ou sei muito pouco sobre eles. Gostamos de pensar que a totalidade do nosso ser vai ser preservada, mas a verdade é que só se fizermos um esforço isso vai acontecer." Ele passou a fazer mais perguntas e a gravar pessoas da família.

O ator mexicano Gael García Bernal, que dedicou o longa aos garotos e garotas latinos crescendo nos Estados Unidos hoje, acha que é uma oportunidade de sentirem orgulho e mostrarem ao mundo sua cultura. "Eles têm ouvido que seus pais, seus avós, seus bisavós são criminosos. Acho que o filme ajuda a terem confiança." Nos EUA, arrecadou respeitáveis US$ 156 milhões, menos do que os US$ 248 milhões de Moana e os US$ 486 milhões de Procurando Dory. Foi um estouro no México, com US$ 56 milhões (contra US$ 12 milhões de Moana e US$ 31 milhões de Divertida Mente). Mas Viva tem tido resposta surpreendente em alguns países - na China, por exemplo, o longa arrecadou mais de US$ 150 milhões, cinco vezes mais do que Moana e dez vezes mais do que Divertida Mente.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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