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Programa Fábrica vai levar a cultura popular para todas as regiões de Londrina

31 mai 2021 às 17:03
Por: Da Redação
Foto: Vivian Honorato -

O primeiro edital do Programa Fábrica – Rede Popular de Cultura foi lançado pelo prefeito Marcelo Belinati e pelo secretário municipal de Cultura, Bernardo Pellegrini, na manhã desta segunda-feira (31). Por meio da iniciativa serão selecionados e patrocinados 24 projetos de oficinas de criação cultural nos bairros, distritos e patrimônios de Londrina.

O investimento total é de R$ 600 mil, recurso que será distribuído entre 18 projetos que receberão R$ 20 mil, cada; e seis projetos que serão contemplados, cada um, com R$ 40 mil. Podem participar iniciativas inscritas em diferentes áreas como música, artes plásticas, hip hop, literatura, fotografia, artesanato, cinema, dança e cultura popular, entre outras. As ações contempladas acontecerão em locais como escolas e espaços comunitários, em diversas linguagens artísticas, a fim de promover a distribuição de atividades culturais em todas as regiões do município.

Além de lançar edital próprio, a Fábrica também objetiva articular, com os projetos participantes do Programa Municipal de Incentivo à Cultura (Promic), para que realizem suas atividades de forma integrada, viabilizando a criação de um sistema municipal de cultura. Com isso, todos os editais do Promic lançados a partir deste ano conterão informações e anexos relativos à nova iniciativa.

O prefeito Marcelo Belinati disse que o objetivo do programa é disseminar a cultura por toda a cidade, fazendo com que ela chegue até a periferia da cidade, aos bairros e conjuntos, trazendo os jovens para participar das ações. “Entendo, a cultura, como um grande instrumento de transformação social, pois ela dá uma perspectiva de futuro para o jovem. Muitas vezes a cultura tira a criança das ruas, das drogas, e proporciona um bom encaminhamento para ela”, afirmou.

Marcelo completou que objetivo da Prefeitura é criar uma rede popular de cultura e, mais do que isso, integrar todas as secretarias. “Estaremos trabalhando com as secretarias da mulher, do idoso, da assistência, de saúde, da educação, junto com a secretaria de cultura, integrando todos os serviços públicos, que muitas vezes estão dispersos, para que eles se comuniquem. Nossa intenção é popularizarmos a cultura, por meio da dança, da capoeira, da música, da escola de circo, por exemplo”, apontou.

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O secretário Bernardo Pellegrini destacou que o lançamento do edital do Programa Fábrica – Rede Popular de Cultura – representa um momento muito especial na vida da cultura de Londrina. “Estamos retomando a cultura como uma política pública, através de um circuito expressivo. O Programa Fábrica vai atender projetos que chegarão aos bairros e às periferias, para a população que mais precisa de atividade cultural. Vai estimular a formação de oficinas que visam a formação de grupos e a montagem de espetáculos, os quais circularão pela cidade, criando uma rede”, frisou.

Segundo o secretário, as diversas linguagens populares, como capoeira, choro, dança de salão, hip hop, grafitagem, entre outras, vão atingir não só as praças e os lugares públicos, como também toda a rede de escolas, núcleo de idosos, espaços da secretaria da mulher e da assistência social da cidade.

O coordenador da Fábrica – Rede Popular de Cultura, Valdir Grandini, disse que o programa vai construir algo muito maior do que se possa imaginar. Para ele, a cultura é essencial para a qualidade de vida da população, pois está diretamente ligada a outras áreas como a saúde, a educação e a segurança pública. “Vamos ter algo que servirá de referência, para todo o Brasil, pois vamos integrar as diversas políticas públicas com a cultura”, enfatizou.

A produtora do Festival Hip Hop Pé Vermelho, Francielle Tomaz Barbosa, que também esteve presente no gabinete, acompanhada por representantes de diversas áreas da cultura, acredita que o programa vai ser de grande importância para a área, podendo transformar a vida de muitas pessoas. Ela conta que teve uma infância difícil, chegando a morar nas ruas, mas teve a sua vida transformada pela cultura, há 10 anos.

“A cultura resgatou a minha vida, por meio um projeto chamado Fábrica da Rima. Por meio dele eu fui tirada das ruas, tive outra perspectiva de vida, hoje eu sou DJ, me formei em Pedagogia, dou aulas na rede municipal de educação e em outra escola privada, de educação, sou produtora cultural e produzo um dos maiores festivais de hip hop do Paraná, projeto que tem diversas histórias parecidas com a minha e tem 70% de mulheres atuantes. Isso é a prova de que a cultura realmente salva vidas”, contou.

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