São Paulo se tornou lugar de passagem de tantas bandas internacionais que surpreende o fato de já fazer sete anos desde a última passagem do Green Day por aqui.
Isso se explica pelos momentos conturbados que a banda californiana passou de lá para cá. Em 2012, o vocalista Billie Joe Armstrong precisou enfrentar um rehab para se livrar do vício por remédios controlados.
No mesmo ano, o grupo se exauriu para lançar a trilogia de álbuns “Uno!”, “Dos!” e “Tré!” e, logo em seguida, a mulher do baixista Mike Dirnt, Brittney, teve câncer de mama, enquanto o guitarrista da turnê, Jason White, enfrentou a mesma doença nas amígdalas.
Passada a tormenta, com o câncer dos dois em remissão, o grupo se dedicou às canções de “Revolution Radio”, o 12º álbum de estúdio da banda, lançado em 2016.
As canções desse disco embalam a turnê que desembarca nesta sexta na Arena Anhembi. Elogiadas pela crítica especializada, elas resgatam o melhor do Green Day, com músicas que se valem do punk rock para denunciar angústias políticas e pessoais.
Uma das explicações para isso está no fato de que “Revolution Radio” foi produzido pelo próprio trio, o que não ocorria desde “Warning” (2000). A ideia era “deixar as coisas acontecerem”, como disse Armstrong à revista “Rolling Stone”.
Além das novas “Bang Bang” e “Still Breathing”, o público pode esperar um setlist que passeia pelo melhor do repertório acumulado pelo grupo ao longo de seus 30 anos de trajetória, em álbuns como “Insomniac” (1995), “American Idiot” (2004) e “21st Century Breakdown” (2009).
A abertura fica por conta dos também californianos do The Interrupters, banda de vertente punk ska.
Metro Jornal