Entrevista com Ansel Elgort, ator e músico:
Edgar Wright já trabalhava no projeto há 20 anos. Você chegou há três. O que acha que trouxe?
Não sei se ele contou, mas nosso primeiro contato para falar do projeto durou uma hora. Só que não falamos do filme. Falamos de música. No final, ele disse que ia me deixar o roteiro para eu ler e, se gostasse, eu o chamaria de volta. Chamei imediatamente. O personagem mudou comigo. Acho que o que trouxe foi carisma. Baby ficou mais carismático.
E essa coisa de representar dançando para a câmera?
Comecei no musical, então é natural para mim. Os atores, mesmo de musicais, buscam a naturalidade. Eu gosto de ressaltar a teatralidade. Quando recebi minha primeira crítica elogiosa, coloquei os fones de ouvido e saí dançando pela rua, em Nova York. Como se fosse o rei do mundo.
Você é DJ, compõe, é cantor. Sente-se mais músico ou ator?
Adoro atuar, mas veja Baby Driver. O filme é de Edgar, expressa a visão dele. Na música, me expresso mais e a verdade é que, mais que qualquer outro filme, esse despertou o desejo de dirigir. De fazer o meu filme.
Conversei com Edgar sobre suas influências...
...E o cara é doido. Me passou uma lista de 100 filmes básicos. Não vi 100 filmes na minha vida e ele queria que visse 100 para o filme dele!
Você foi ao Beco do Batman...
Achei muito cool. Em Nova York, tínhamos locais assim, mas um ex-prefeito acabou com os grafites. Acho burrice. A vida das cidades pulsa mais em lugares assim.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.