A fala informal, o visual despojado, a boa troca com os titulares dos programas que 'invade' com os boletins do "G1 em 1 Minuto" e a repercussão nas redes sociais de suas entradas ao vivo têm feito Mari Palma ganhar notoriedade na Globo. É vista por seus superiores como uma das novas caras do jornalismo da emissora. Já foi emprestada para outras produções e neste domingo, 11, ela dá mais um passo importante em sua trajetória: a estreia no "Fantástico".
Ao lado da experiente Renata Ceribelli, ela apresentará a Fant360, série com matérias gravadas com câmeras que captam imagens em 360 graus, um recurso que a revista eletrônica promete explorar daqui para frente.
"Fui convidada para participar no final do ano passado. Foi uma coisa inesperada, mas muito bem recebida. Fiquei feliz por pensarem em mim", disse ela à reportagem. "Foi um convite maravilhoso e até agora não caiu a ficha", confessa.
Na televisão, a série mostrará o ponto de vista das câmeras 360 graus e dará ao telespectador a ideia de estar no centro de tudo. Mas a melhor experiência será vivenciada por aqueles que assistirem às reportagens pelo site do Fantástico. O internauta terá a oportunidade de manipular os vídeos e escolher os ângulos pelos quais quer assistir.
Mari Palma inaugura o projeto com uma reportagem gravada na selva Amazônica. Por três dias, ela se submeteu a um treinamento militar e teve suas resistências física e psicológica testadas.
"Fiquei esgotada. O treinamento me levou ao meu limite", admite. "Tive uma exaustão. A perna começou a tremer. Estava muito calor, não batia vento. E fazia exercícios com a farda, que esquentava ainda mais. E era debaixo do sol. Eram várias coisas que deixavam ainda mais difícil do que já seria normalmente. Voltei para casa cheia de hematomas e dores nas pernas. Fiquei um dia inteiro deitada."
Na divisão de pautas, Mari ficou com os cenários nacionais. Coube a Renata as gravações fora do Brasil. A veterana fez um safári na África do Sul, explorou a noite de Las Vegas e o luxo de Dubai. "A Renata foi muito caridosa comigo. Não chegamos a gravar juntas, mas trocamos muitas informações", disse.
Prata da casa
Foi na Globo que Mari teve sua primeira experiência como jornalista. Entrou na emissora em 2008, como estagiária do núcleo de vídeos e chats da Globo.com. Dois anos depois, foi contratada e passou a integrar a equipe de mídias sociais do G1. Eventualmente, era escalada para reportagens. Aos 23 anos, recebeu o convite para ser editora do site do programa "Bem Estar". Aos 26, estreou diante das câmeras, no "G1 em 1 Minuto". O piercing no nariz, as camisetas carregadas de mensagens e a boa desenvoltura despertaram a curiosidade do público. É jornalista, mas tem status de celebridade. Já deu duas entrevistas ao "Video Show". Uma delas, exclusivamente para mostrar seu guarda-roupa.
"Eu não gosto de pensar que me destaquei tanto. Desde o começo eu tenho a preocupação de não achar muitas coisas em relação ao meu trabalho. Isso tira a gente do foco", explica. "Sou uma pessoa que gosta de se entregar aos trabalhos que faço. Quando começou o G1 em 1 Minuto eu sabia que seria um trabalho diferente por conta da exposição, mas para mim era um trabalho normal. A diferença é que mais pessoas me veem, mas eu trato como um trabalho normal. Graças a Deus as pessoas gostam. E acho que elas gostam porque é algo de verdade. Eu falo deste jeito na vida real, as roupas que uso são realmente minhas. Tenho trabalhado com os pés no chão e isso tem me trazido bons frutos. Me encontrei profissionalmente, porque eu faço TV com jeito de internet. E isso é o melhor dos mundos para mim." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.