Dos quatro semifinalistas desta edição da Liga Nacional,
três deles já foram campeões do torneio. O único que ainda não venceu a
competição foi o Atlântico de Erechim, adversário do Cascavel Futsal nas
semifinais do torneio. Porém, o time gaúcho tem duas decisões no currículo, o
que lhe coloca no rol das potências do futsal brasileiro. No entanto, a grande
potência do momento é o Cascavel Futsal. É o time a ser batido nesta
competição, já que foi o último campeão. E, obviamente, quer o bicampeonato. A
torcida está em contagem regressiva, já que faltam apenas quatro jogos para que
ela possa repetir a comemoração do dia 19 de dezembro do ano passado.
Mas para comemorar o bicampeonato e chegar na decisão, o Cascavel Futsal terá que passar pelo Atlântico de Erechim. O jogo de ida das semifinais será neste domingo (23), às 13h15, no Clube Esportivo e Recreativo Atlântico, em Erechim. Mais do que isso: acabar o Cascavel terá que acabar com um longo jejum diante dos gaúchos. Nos últimos cinco jogos, a Serpente Tricolor sofreu três derrotas e teve apenas um empate. Na campanha do título da Liga Nacional no ano passado, o Cascavel Futsal perdeu os dois confrontos para os gaúchos. O Atlântico foi o responsável por quebrar a invencibilidade do time cascavelense dentro do ginásio da Neva. Antes disso, em 2022, ambos fizeram parte do mesmo Grupo B da Liga, com derrota no Rio Grande do Sul e empate sem gols na Neva. Já no encontro entre eles, neste ano, no dia 04 de junho, pela décima rodada, o Atlântico venceu por 4 a 3. Na ocasião, o Cascavel Futsal ainda contava com Carlão, que fez dois gols. Dieguinho também balançou as redes. Para os gaúchos, marcaram Rick, Grillo, Serginho e Deivão.
A última vez que o Cascavel Futsal levou a melhor sobre o Atlântico foi na edição de 2019 da Liga. No dia 27 de abril daquele ano, a Serpente Tricolor derrotou os gaúchos por 4 a 2, em Erechim. Foi uma vitória emblemática, a primeira de Cassiano Klein como técnico do Cascavel pela competição nacional.
Dieguinho fez parte do elenco campeão da Liga Nacional com o Cascavel Futsal no ano passado. Antes disso, ele vestiu a camisa do Atlântico de Erechim. O jogador cumpriu suspensão no duelo da volta contra o Pato Futsal na última segunda-feira e volta neste domingo. Dieguinho sabe dos desafios de enfrentar o tradicional time gaúcho. "É um time que joga de maneira muito eufórica. Na casa deles, tentam se impor ao máximo. Para fazermos um bom resultado lá é ter controle mental. Isso vai ser primordial, não podemos entrar na pilha deles e isso vai ser o ponto chave para nós", disse o camisa 11.
Dieguinho também falou que o Cascavel Futsal necessita de cautela no confronto contra o Atlântico. O time gaúcho tem uma motivação a mais para conquistar o primeiro título da Liga Nacional. "É um grande time, chegou com méritos na semifinal e vai buscar o título. Como o primeiro jogo é na casa deles, vão buscar ao máximo, com a torcida, o resultado positivo para avançar", disse.
Mas Dieguinho apontou outro fator: a força do ginásio da Neva. Com a queda de Sorocaba, nas oitavas de final, de Joinville e Carlos Barbosa, ambos nas quartas, a Serpente Tricolor passou a ter a melhor campanha na primeira fase entre os quatro semifinalistas. Com isso, ganhou o direito de fazer o jogo de volta das semifinais em casa. O segundo confronto contra o Atlântico de Erechim será no dia 31 de outubro. E se passar pelos gaúchos também fará o jogo de volta da final na Neva. "A gente sabe do nosso peso. Temos um grande time e vamos em busca desta segunda final seguida", disse.
Campanhas
Na primeira fase da Liga Nacional, o Cascavel Futsal ficou com o quinto lugar. Depois, passou pela Assoeva nas oitavas, portanto, já cruzou com um time gaúcho no mata-mata. Esse jogo, inclusive, serve de aprendizado. O Cascavel Futsal perdeu o jogo de ida por 4 a 2. E teve que vencer no tempo normal e na prorrogação para avançar. Nas quartas, despachou o Pato Futsal com um empate fora e uma vitória por 4 a 2, na Neva. Até agora, o time de Cassiano Klein fez 25 jogos na Liga com 15 vitórias, quatro empate e seis derrotas. O ataque do atual campeão da Liga balançou as redes 66 vezes. E a defesa sofreu 38 gols. O Atlântico foi o nono colocado na primeira fase. Nas oitavas, eliminou o Santo André Intelli. O time gaúcho havia vencido o jogo de idas por 4 a 2, mas perdeu por 4 a 0 na volta e buscou a classificação na prorrogação: vitória fora de casa por 2 a 1. Nas quartas, cruzou com o Minas, no jogo de ida perdeu por 4 a 2. Na volta, venceu por 3 a 2 em casa e conseguiu a vaga para as semifinais com o empate em 1 a 1 em nova prorrogação.