Quase 70 alunos da Escola Municipal Maria Shirley Barnabé Lyra, zona leste, receberam na manhã desta segunda-feira (29) os doboks, uniformes utilizados para prática de taekwondo. Esses estudantes participam do projeto esportivo, desenvolvido pela Prefeitura em diversas escolas da rede municipal, e agora terão o uniforme ideal para participares das aulas de luta.
A entrega dos doboks teve a presença da secretária municipal de Educação, Maria Tereza Paschoal de Moraes, acompanhada da diretora da escola, Osvaldineia Santos Barreto, e do coordenador dos projetos culturais e esportivos da rede municipal de ensino, Alexandre Segantin. Estiveram também o presidente do Instituto Paranaense de Esportes e Cultura (IPEC), Tiago Thomazi Candia, e o vereador Mestre Madureira.
Essa foi a primeira escola a receber os uniformes e, agora, as peças também começam a ser destinadas para as outras cinco escolas que recebem o projeto de taekwondo. A expectativa é que cheguem a todos os estudantes nas próximas semanas. Ao todo, cerca de 300 alunos da rede municipal têm a prática de taekwondo, com aulas gratuitas ofertadas nas próprias escolas e conduzidas por professores do IPEC.
Logo após receberem seus doboks, os alunos do projeto fizeram uma apresentação de golpes, seguido do juramento em que recitaram os cinco princípios do taekwondo. Para aquisição dos uniformes, a Prefeitura de Londrina investiu por unidade R$ 116,90, totalizando cerca de R$ 35 mil pelos 300 doboks. A empresa Sul Esporte venceu o processo de licitação e é a fornecedora dos materiais.
A secretária municipal de Educação, Maria Tereza Paschoal de Moraes, comentou que as aulas de artes marciais ou atividades culturais custam, no particular, em torno de R$ 150. “E a roupa, no caso do taekwondo o dobok, custa mais uns R$ 200, em média, segundo o professor. Isso representa um custo anual para a família dos alunos de, pelo menos, R$1.500. Mas graças aos projetos nossos estudantes estão acesso a tudo isso gratuitamente”, frisou.
Moraes complementou que os uniformes, além de protegerem os alunos e facilitarem a prática dos golpes, também funcionam como uma forma de incentivo para que prossigam com as atividades. “Ver o uniforme, vestir, levar para a casa é algo que dá muito mais ânimo. E estamos levando esse e outros projetos para todas as escolas municipais, nossas unidades do Ensino Fundamental. Essa iniciativa tem sido muito valiosa, tanto para o desempenho dos alunos quanto para a movimentação da escola”, acrescentou.
Além de taekwondo, a Secretaria Municipal de Educação também oferece outras nove modalidades de projetos culturais e esportivos – judô, karatê, atletismo, basquete, futsal, musicalização, circo, dança e canto coral. Destes, o Instituto Paranaense de Esportes e Cultura foi selecionado, por meio de chamamento público, para executar os projetos de taekwondo, futsal, atletismo e dança.
O presidente do IPEC, Tiago Thomazi Candia, destacou que, dentro do contexto de recuperação pós-pandemia, os projetos vieram no momento certo para desenvolvimento das crianças. “Esses alunos ficaram muito tempo dentro de casa e, agora, estão tendo a oportunidade de estarem realizando atividades físicas. Em específico, o taekwondo é uma arte que requer disciplina e ensina princípios influenciando de forma positiva no desenvolvimento do caráter e responsabilidade dessas crianças”, ressaltou.
São três professores do IPEC que atuam nas seis escolas com o projeto de taekwondo, coordenados pelo Mestre Zimmer. Candia citou ainda que os uniformes do projeto fazem parte dos materiais necessários para a prática dessa luta. “Eles até têm um significado importante, e que nos foi reforçado pelo vereador Mestre Madureira, de que todos utilizarem o mesmo uniforme representa a igualdade. O taekwondo frisa que somos todos iguais, sem distinção de cor de pele, classe social ou religião. E sua vestimenta traz esse importante ensinamento”, comentou.
Segundo o coordenador dos projetos culturais e esportivos da SME, Alexandre Segantin, os uniformes são cruciais para que os estudantes consigam praticar corretamente as atividades, seja de taekwondo ou judô.
“Todas as modalidades esportivas têm características próprias, com suas particularidades. Oferecer a prática do esporte pela metade, sem a vestimenta adequada, colocaria em risco a própria integridade física da criança. Há um processo pedagógico sim, mas uma das principais funções do dobok é a proteção do lutador. Não há como ofertar uma arte de luta sem a vestimenta correta, por isso a Prefeitura está entregando esses uniformes”, afirmou.