Atenta aos critérios da sustentabilidade, a Coopavel encontrou uma forma inteligente de atender a duas demandas com um único investimento em sua UPL (Unidade de Produção de Leitões). A cooperativa precisava encontrar um meio de tornar o fornecimento de energia eficaz e altamente confiável e, ao mesmo tempo, dar vazão ao seu quarto pilar de atuação que é a proteção e a preservação ambiental. A resposta foi investir em um sistema de biodigestor, equipamento que transforma dejetos animais em eletricidade limpa, barata e renovável.
O projeto de biodigestão anaeróbico começou a produzir em outubro de 2017. O investimento nos biodigestores e no grupo gerador, formado por quatro motores MWM com capacidade para 400 KVA de energia, foi de R$ 700 mil. “O negócio deu tão certo que o retorno do investimento ocorreu apenas cerca de 15 meses depois”, diz o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli. Do início das atividades até o fim de abril último, a economia gerada com a produção própria de eletricidade chega a R$ 1 milhão. Atualmente, o grupo gerador responde por 51% da energia consumida na unidade.
Ao mesmo tempo em que traz economia e potencializa o uso de um recurso disponível na cooperativa, o biodigestor garante uniformidade no fornecimento de energia suprindo estrategicamente a demanda principalmente quando há falhas no sistema convencional. Desde que o grupo gerador entrou em operação não houve mais problemas e consequências devido a desligamentos no abastecimento de eletricidade. A Unidade é moderna e boa parte dos seus equipamentos são automatizados, o que aumenta a necessidade pelo fornecimento permanente e preciso de energia.
40 mil animais
O uso de dejetos dos animais abrigados nas estruturas que compõem a UPL, são utilizados na produção de biogás e biofertilizantes. “Além disso, as vantagens econômicas ajudaram a viabilizar o projeto, contribuindo para a sustentabilidade energética da granja”, diz o gerente da Unidade Produtora de Leitões da Coopavel, Marcos Jovani Sipp. A UPL conta atualmente com rebanho de mais de 40 mil suínos e opera há dois anos no sistema de Núcleo Filial de Rebanho Fechado.
De acordo com Marcos, nesse modelo não há entrada de novos animais depois do alojamento da granja. Toda reposição é feita com o uso de genética líquida. “É mantido um rigoroso controle de acesso à unidade para reduzir ao máximo riscos de presença de agentes que possam comprometer a segurança e a saúde dos animais. Diante de tudo isso, a UPL foi implantada em um ambiente que contribui para a segurança que ela precisa. Ela está localizada nas proximidades do distrito de Juvinópolis, a sete quilômetros da PR-180 em uma área cuidadosamente protegida.
Crédito: Assessoria