Após a alta anunciada do óleo diesel em 13.03%, uma grande preocupação toma conta do setor produtivo brasileiro. Dependente dos transportes movidos à combustão, o setor agropecuário pode ser mais uma vez prejudicado com a possibilidade de nova greve dos caminhoneiros e do aumento dos custos de produção.
Desde a última sexta-feira (31), o preço médio do diesel nas refinarias da Petrobras subiu em 13,03%. Com o aumento, o preço passou de R$ 2,0316 para R$ 2,31. Nas bombas em Cascavel, o preço já subiu e varia entre R$ 3,55 e R$ 3,70. Esse é o primeiro reajuste desde junho, quando, em acordo com os caminhoneiros em greve, o governo congelou o preço do produto nas refinarias em R$ 2,0316 por litro. A alta é referente a desvalorização do real perante ao dólar, o que pressionou o já pressionado segmento dos combustíveis.
O presidente do Sindicato Rural de Cascavel, Paulo Roberto Orso, demonstrou preocupação com o assunto. Segundo ele, o setor não tem capacidade de suportar uma nova greve. Segundo o Ministério da Fazenda, o prejuízo da paralisação à economia brasileira foi de R$ 15,9 bilhões:
“Ainda estamos longe de recuperar os estragos da paralisação anterior. De que adiantou travar o preço por quase três meses e aumentar 13% de uma só vez? Como vamos pagar essa quantia?”, lamentou. Segundo Paulo, o dólar tem penalizado os produtores em outros aspectos. “Boa parte dos insumos são taxados em dólar e já estamos pagando esse reajuste e somado a isso temos ainda os 16% de sobretaxa da energia elétrica. O setor primário, que sustenta o país, está sendo dizimado. Estamos em plena colheita do trigo e em breve iniciaremos o plantio da soja. O problema já é grave, imagina com mais uma greve?”, questionou.
O produtor rural pede bom senso de todos os envolvidos para buscar uma solução. No entanto, com as recentes notícias da União dos Caminhoneiros, que já marcou paralisação após o feriado de 7 de setembro, o problema precisa ser resolvido urgentemente.
Assessoria