A Escola Municipal Maria Tereza Abreu de Figueiredo, localizada no bairro Santa Cruz, conta com o projeto de robótica educacional entre as atividades desenvolvidas com os alunos. O projeto tem em suas ações a automatização de uma horta aquapônica suspensa e a irrigação de canteiro de hortaliças, por meio de protótipo. O objetivo é de proporcionar aos educandos aulas de campo abordando conteúdos de robótica e do currículo para rede pública de ensino.
O projeto de sistema de aquaponia possibilita a produção de vegetais sem solo com a produção de organismos aquáticos, como o peixe, por exemplo. “Sempre usávamos projetos de maquetes para trabalhar com os alunos como funcionava cada tipo de atividade, e a partir disso, surgiu a ideia de fazer um protótipo onde elas viam na prática a teoria trabalhada em sala de aula”, explica o instrutor de informática Sidiney da Silva.
AQUAPONIA NA ESCOLA
O projeto iniciou em 2019, quando os alunos montaram todo o sistema, realizaram a pintura dos canos, montagem do tanque de reservatório, montagem da tubulação que passa a água e do filtro biológico e o decantador. Na escola, no sistema de aquaponia foram plantadas mais de 100 mudas de cebolinhas.
COMO FUNCIONA
No reservatório são colocados os peixes onde funciona uma bomba d'água que é controlada por um microcontrolador (arduíno) que foi utilizado como um temporizador com sensor ultrassônico que mede constantemente a distância do sensor até a água. Se a água baixar ou houver algum vazamento pela tubulação a bomba para, evitando que acabe a água do reservatório, por causa do vazamento.
Essa água é bombeada e vai para um decantador onde ficam os dejetos dos peixes que é tratado, por meio de um filtro biológico, no qual a matéria orgânica vinda dos peixes é transformada em nutrientes para as plantas.
DA ESCOLA PARA A COMUNIDADE
As hortaliças plantadas na horta da escola eram destinadas a cozinha para a preparação dos alimentos dos alunos e também dadas aos estudantes para que pudessem levar para casa. Com a suspensão das aulas, por conta da pandemia do Covid-19, surgiu a oportunidade de fazer com que as hortaliças como chicória, alface, couve, salsinha, cebolinhas e almeirão continuassem chegando à comunidade.
As primeiras colheitas de hortaliças foram doadas ao Hospital Universitário do Oeste do Paraná e à Uopeccan de Cascavel. Agora, com a produção de mais hortaliças, passaram a ser doadas às famílias dos alunos cadastrados no Programa Bolsa Família, que estão indo até a escola retirar as cestas básicas. “Percebemos no olhar dos pais, na alegria que eles recebem esses alimentos. Estamos criando um vínculo com eles, estão se aproximando e participando mais do que está acontecendo na escola, estão acompanhando de perto o processo que estamos passando e estão colhendo os frutos desse processo”, afirmou a diretora da instituição, Vera Aparecida Moreira de Souza.
Para Vera, os conteúdos trabalhados em sala de aula tiveram um significado diferente aos alunos: “Foi uma atitude por parte do professor muito boa para os alunos, percebemos que ele elevou a autoestima das crianças. Vemos uma alegria nas crianças ao participar dessa atividade, principalmente quando levavam para casa aquela hortaliça que elas mesmo produziram, da qual elas fizeram parte do processo. Para nós, enquanto escola, é maravilhoso, estamos muitos felizes com esse trabalho realizado. Esperamos poder continuar por muito tempo. Estamos recebendo muito apoio também, da APPS, do Conselho Escolar e da secretária de Educação Marcia Baldini", conclui Vera, que ainda explicou que o trabalho com os alunos também auxiliou a valorização da alimentação saudável”.
Assessoria