Desde 2002, o Projeto Campo Limpo já destinou de forma ambientalmente segura mais de 800 mil toneladas de embalagens vazias de agrotóxicos. O número expressivo reforça o compromisso do agronegócio com a sustentabilidade.
Segundo Antônio Carlos, gerente de operações do InpEV (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias), os desafios da logística reversa no Brasil ainda são grandes. Ele destaca a importância da infraestrutura adequada para que os agricultores consigam devolver corretamente as embalagens após o uso.
O Campo Limpo funciona da seguinte forma: após utilizar o produto, o agricultor realiza a tríplice lavagem da embalagem e a leva até um posto de recebimento autorizado. A partir daí, o material segue para a destinação correta, que pode ser reciclagem ou incineração controlada.
Hoje, mais de 95% das embalagens recebidas são recicladas, dando origem a novos produtos, como tubos de esgoto e peças para a construção civil. O restante, que não é reciclável, é incinerado sem risco ao meio ambiente.
O sistema é coordenado pelo InpEV e reúne esforços de indústrias, distribuidores e produtores rurais. Além da coleta e destinação, o projeto também investe em educação ambiental nas escolas e comunidades rurais: “O produtor rural é o grande protagonista desse sistema de logística reversa. Depois do uso, ele precisa fazer a tríplice lavagem, procurar uma unidade de recebimento e devolver. Isso pode ser feito em até um ano após a compra do produto.” explicou Antônio Carlos.