O atual secretário de Turismo do Paraná, Leonaldo Paranhos, foi ouvido pela chamada “CPI do Professor Monstro” de Cascavel, que apura um caso de abuso sexual que se arrastou por quase quatro anos sob sua gestão como prefeito. Antes de ser questionado, Paranhos expressou preocupação de que uma conclusão “prematura” da CPI pudesse ser vista como politicagem.
Em seu depoimento, o ex-prefeito alegou não ter tido acesso aos detalhes do caso. Ele afirmou que os documentos para prorrogar o processo, que foi estendido quase 20 vezes, já chegavam assinados pelo controlador Cletírio Feistler, sem a necessidade de um briefing sobre o teor do processo. Paranhos defendeu a forma como a Secretaria de Educação conduziu o caso, afirmando que não poderia ter feito mais do que foi feito.
Durante a oitiva, Paranhos chegou a inverter os papéis e questionou os vereadores sobre a atuação do Nucria, órgão da Polícia Civil que investigou o caso, insinuando que o órgão teria sido lento. No entanto, a investigação policial foi concluída no final de 2020. O que se prolongou até março de 2025 foi o processo na justiça, que culminou na condenação do servidor a 30 anos de prisão.
O presidente da CPI, Everton Guimarães, disse que a comissão sentiu que Paranhos fugiu de muitas perguntas. Após a oitiva, o ex-prefeito foi abordado por outra mãe que acusa o ex-agente de apoio de abuso sexual.
O vereador Lauri Silva defendeu que a CPI não deve causar nenhum tipo de problema no processo judicial já concluído.