O que antes era ilegal agora é transformado em benefício para a sociedade. Por meio de uma parceria entre a Itaipu Binacional, a Receita Federal e outros órgãos, produtos alimentícios apreendidos — como milho, feijão, vinho, cacau e azeite de oliva — estão sendo utilizados como matéria-prima em um processo de biodigestão, que gera biogás e biometano, ambos combustíveis renováveis.
Esses gases abastecem veículos utilizados internamente no complexo da usina. Desde 2017, cerca de 600 toneladas de resíduos foram processadas, gerando combustível suficiente para que os carros da frota percorressem mais de 480 mil quilômetros.
Atualmente, a produção diária atinge 200 m³ de biogás e 100 m³ de biometano, quantidade suficiente para abastecer até 100 veículos.
Antes, esses alimentos seriam descartados ou incinerados. Agora, além de reduzir emissões de gases do efeito estufa, o processo também gera biofertilizantes e um óleo sintético com potencial de uso na aviação.
Os resultados do projeto serão apresentados na COP 30, que será realizada em Belém do Pará, em 2025.
Além do foco em biocombustíveis, a Usina de Itaipu também investe em energia solar. Estão sendo instalados 1.500 painéis fotovoltaicos no leito do reservatório do Rio Paraná, que abastece as turbinas da usina. A instalação ocupará um hectare, menos de 1% da área total do reservatório.
A expectativa é de que o sistema entre em operação ainda em 2025, funcionando como projeto-piloto, que poderá ser expandido conforme os resultados obtidos.
Responsável por cerca de 9% da energia consumida no Brasil, Itaipu reforça seu compromisso com a inovação e sustentabilidade na geração de energia.