O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e a Polícia Militar deflagraram nesta quinta-feira (6) a segunda fase da Operação Passiflora, que investiga uma organização criminosa envolvida no tráfico de drogas e armas. O grupo utilizava caminhões de frutas para transportar grandes quantidades de entorpecentes do Paraná para o Nordeste, especialmente para a Bahia.
Ao todo, foram cumpridos seis mandados de prisão temporária e nove de busca e apreensão nas cidades de Londrina e Cianorte, no Paraná; Anápolis, em Goiás; e Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba.
De acordo com o delegado Ricardo Jorge, do GAECO de Londrina, esta fase da operação tem foco no crime de organização criminosa. “Todos os investigados estão sendo apurados por integrar uma organização voltada ao tráfico interestadual. Trata-se de um esquema que transportava grandes quantidades de drogas escondidas em caminhões de fruta para o Nordeste, além de manter um comércio ilegal de armas de fogo”, explicou.
O líder do grupo já estava preso na Penitenciária Estadual de Piraquara, após ter sido detido no ano passado em Londrina, onde vivia com documentos falsos. Segundo o delegado, a partir da prisão dele foi possível identificar os demais integrantes da quadrilha.
As investigações apontam que o grupo tem ligação com uma facção criminosa da Bahia, conhecida como BDN. As equipes agora analisam o material apreendido para dimensionar o volume de drogas e armas enviadas do Paraná para o Nordeste.
Segundo o major Anderson Cristo Piske, chefe da Inteligência do 2º Comando Regional da PM, a organização possuía uma estrutura completa e bem definida. “Conseguimos detectar que havia pessoas com funções específicas, motoristas responsáveis pelos caminhões, além de uma integrante que cuidava do financeiro, realizando pagamentos e transferências via Pix. Essa pessoa foi presa hoje em Goiás. O grupo também fazia tráfico de armas, distribuindo armamento para a região Nordeste do país”, detalhou.
A Operação Passiflora segue em andamento, e novas fases não estão descartadas. O material apreendido, incluindo celulares, documentos e equipamentos eletrônicos, será periciado para ampliar o mapeamento da atuação da quadrilha.