O mestre Lukas, um dos fundadores da Nova Ordem de Lúcifer na Terra, anunciou que irá recorrer da decisão do Tribunal de Justiça de Gravataí (RS), que suspendeu a inauguração de um templo dedicado a Lúcifer na cidade. A decisão judicial foi tomada a partir de uma liminar solicitada pela prefeitura, que alegou falta de regularização do local, como a ausência de alvará e CNPJ, além de preocupações com a "insegurança causada pelo assunto". O processo, que tramita em segredo de Justiça, impede a realização de qualquer evento de inauguração no local até que as questões administrativas sejam resolvidas, sob pena de multa diária de R$ 50 mil.
Em entrevista, Lukas expressou sua frustração com a situação, descrevendo-a como "perseguição" e afirmou que a Nova Ordem tem até o dia 9 de setembro para apresentar sua defesa. Ele destacou que estão sendo coletadas todas as informações necessárias para lutar pelos direitos da organização.
A Nova Ordem de Lúcifer emitiu uma nota oficial afirmando que só tomou conhecimento da ação judicial na manhã da inauguração, enquanto diversos veículos de comunicação locais já tinham acesso ao processo. A instituição também apontou que, no mesmo dia, um ato de violência ocorreu no município sem que houvesse envio de força policial ao local, insinuando que a prefeitura estaria priorizando a interferência no evento religioso em detrimento da segurança pública.
O objetivo do templo, segundo Lukas, é "desmistificar a imagem criada pelas igrejas sobre Lúcifer". A inauguração, que estava programada para ocorrer na terça-feira (13/8), incluía a apresentação de uma estátua de Lúcifer com aproximadamente três metros de altura, além de rituais e a participação de convidados. A sede da Nova Ordem de Lúcifer na Terra está localizada em um sítio de cinco hectares no município de Gravataí e é registrada oficialmente como uma instituição religiosa.
