O quarto Levantamento Rápido de Índices de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) realizado em Londrina no fim de outubro aponta que a cidade está em alerta para a infestação do mosquito transmissor da dengue. O resultado foi divulgado nesta quarta-feira (9), pela Secretaria Municipal de Saúde.
O último levantamento do ano apontou índice de 3% de infestação do mosquito, número considerado alto já que o Ministério da Saúde preconiza que o número deve ser de até 1%.
O LIRAa foi realizado entre os dias 17 e 21 de outubro e foram vistoriados 9.732 imóveis em todas as regiões da cidade.
A região leste é a que registrou o maior índice de infestação com 3,61%. No entanto, a preocupação da Secretaria Municipal de Saúde está com os bairros que compreendem a zona oeste. Mesmo com o menor índice, 2,67% de infestação, é a região com o maior número de pessoas que ficaram doentes após serem infectadas pela dengue ou de notificações da doença.
"O que nos chama atenção é que enquanto a região leste tem o maior indice de infestação de foco do mosquito, não é a região com o maior número de pessoas doentes. A região oeste é a que tem o maior número de casos confirmados. Vamos intensificar as ações na zona oeste para diminuir a circulação do mosquito na região e evitar o aumento do número de casos", explicou o secretário Felippe Machado.
A Secretaria aponta como motivos para o número elevado de larvas encontradas nos imóveis o período climático e a falta de cuidados dos moradores dentro de casa.
A quarta pesquisa trouxe um número inédito, 11% dos criadouros de larvas foram encontrados dentro das casas.
"Ainda estamos em cenário de alerta pela Organização Mundial de Saúde. É importante destacar o número de larvas e criadouros dentro dos domicilios, o percentual é inédito em todos os levantamentos do LIRAa. É necessária a conscientização da população para evitar que a situação fique mais grave", pontuou o secretário.
De janeiro até 3 de novembro, Londrina registrou 3.101 casos confirmados de dengue, sendo que duas pessoas não resistiram e morreram por complicações da doença. O município ainda registrou 12.666 notificações e 733 exames estão em análise.
A maior incidência de larvas foram encontradas nos bairros: Parque Maria Estela, Rui Barbosa, Jardim Maringá, Jardim Palmares, Universitário e Parque Universidade.
Para evitar um aumento de casos e reduzir o número de larvas, o município prevê a aplicação de veneno com bomba costal e mutirões de recolhimento de lixo. O município não prevê a utilização de carro do fumacê.
"Essas ações não terão resultado se o cidadão não fizer a parte dele. As larvas estão dentro das casas, precisamos baixar o indíce. Se não mudarmos a nossa maneira de agir nas próximas semana haverá um aumento de casos", concluiu o secretário de Saúde.