Representantes do setor aeronáutico, do sindicato e autoridades de Londrina se reuniram na tarde desta sexta-feira (26) para discutir melhorias no Aeroporto Governador José Richa. O encontro, realizado na Câmara Municipal, teve como ponto principal a necessidade de retomar o fluxo de aeronaves e, consequentemente, o movimento de passageiros.
Desde 2022, o aeroporto é administrado pela concessionária Motiva. Durante as obras de reforma, a empresa teve que se adequar às exigências da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o que resultou na desativação da pista de taxiamento por não atender aos requisitos de segurança.
Impacto da falta de pista auxiliar
A gerente de navegação aérea de Londrina, Claudia Cristine Pedrazani Venâncio, explicou que a pista de taxiamento é crucial para a operação do aeroporto. Sem ela, o fluxo de aeronaves é prejudicado, afetando diretamente a capacidade de pousos e decolagens. “A falta da taxiway impacta o número de operações, limitando o crescimento do aeroporto”, afirmou.
O diretor jurídico do Sindicato Nacional dos Trabalhadores na Proteção ao Voo, Ronny Wunderlich, destacou que as melhorias não beneficiam apenas o setor de turismo, mas também refletem nas condições de trabalho dos colaboradores.
Retomada do crescimento e impacto no turismo
A reunião também contou com a presença da Frente Parlamentar de Gastronomia e Turismo, que busca, a partir das discussões, encontrar recursos para as obras necessárias. A vice-coordenadora do grupo, Paula Vicente, ressaltou a importância de retomar o movimento de passageiros para fomentar o turismo local.
Atualmente, o aeroporto de Londrina é o único da região que não conseguiu retomar o movimento de passageiros aos níveis pré-pandemia. Em 2019, o terminal registrou mais de 26 mil operações, enquanto em 2024 esse número foi de 22.900. A expectativa é que, com as melhorias, o aeroporto volte a crescer e contribua para o desenvolvimento da cidade.