O município de Londrina foi selecionado pelo Ministério da Saúde para realização de testes com o uso de uma bactéria que impede que o vírus da dengue se desenvolva nos mosquitos.
O método consiste em contaminar os mosquitos com a bactéria wolbachia, que é inofensiva para os humanos, mas provoca infertilidade no Aedes Aegypti, e com isso, diminui sua reprodução e transmissão de doenças como dengue, zika e chikungunya.
A ação faz parte de um programa, que foi lançado na Austrália em 2011 e atualmente é utilizado em 12 países, incluindo o Brasil. No Paraná, os municípios de Londrina e Foz do Iguaçu acabam de ser contempladas para participar do projeto, juntamente com outras quatro cidades brasileiras: Uberlândia (MG), Presidente Prudente (SP), Natal (RN) e Joinville (SC).
“É um projeto piloto da Fiocruz, que é a utilização da soltura de mosquitos. A diferença é que os nossos mosquitos que hoje estamos soltando são estéreis, e o mosquito que a Fiocruz se propõe a soltar, ele é infectado com uma bactéria, para que quando ele fizer o acasalamento, ele também infecte os outros mosquitos e assim gradativamente reduz a circulação”, explicou o secretário de saúde, Felippe Machado.
A Secretaria Municipal de Saúde de Londrina, em parceria com uma empresa privada, vem realizando uma experiência com a soltura de mais de 300 mil mosquitos Aedes Aegypti machos estéreis na região do Conjunto Mister Thomas, para acasalar com as fêmeas no período de reprodução. Como são inférteis, não geram descendentes.
“Os resultados preliminares mostram que está havendo gradativamente uma diminuição da circulação do Aedes Aegypti, ali na região do Mister Thomas. Evidente que ainda precisamos nos debruçar em cima desses números, fazer análises técnicas. Tudo indica que estamos indo no caminho certo e reduzindo a circulação dos mosquitos”, relatou Machado.