Alexandre Aparecido Mariano, de 36 anos, motorista do carro prata envolvido no atropelamento do próprio cunhado, Jhonatan Michael da Silva Carlos, em um posto de combustíveis em Ibiporã, na madrugada deste domingo (15), falou brevemente ao deixar a delegacia. Ele afirmou estar apavorado e não ter percebido que havia atropelado Jhonatan.
O depoimento de Alexandre, que trabalha como polidor de
carros, durou aproximadamente uma hora. Em seguida, ele foi liberado e responderá ao
processo em liberdade.
Alexandre
e Jhonatan chegaram ao posto para abastecer o veículo quando presenciaram uma
briga entre um casal, conforme registrado por câmeras de segurança de um
comércio próximo. Segundo o advogado de Alexandre, Doutor Guilherme Reberti, ao
tentarem defender a mulher, os dois foram brutalmente agredidos.
Em um momento de desespero, Alexandre deu marcha a ré e
acabou passando por cima do cunhado, que minutos antes estava com ele em uma
festa.
Imagens do atropelamento, que mostram Jhonatan sendo
arrastado debaixo do carro, circularam em redes sociais e grupos de WhatsApp,
gerando grande repercussão. Em uma das imagens, a vítima aparece desacordada e
com diversos ferimentos. Jhonatan Michael da Silva Carlos permanece internado
em unidade hospitalar e deverá passar por cirurgias, sendo seu estado de saúde
considerado grave.
Diante do depoimento de Alexandre, cabe agora ao delegado
Vitor Dutra, de Ibiporã, concluir o inquérito. O delegado informou que ainda é
cedo para definir a classificação do crime, que pode variar entre lesão
corporal grave ou até tentativa de homicídio. Testemunhas serão ouvidas e as
imagens estão sendo avaliadas.
O delegado que acompanha o caso, Vitor Dutra, reforçou a importância de
ouvir outras testemunhas, principalmente o casal envolvido na briga, para
esclarecer os fatos. O motorista que atropelou o cunhado deverá passar por
exame de corpo de delito para comprovar as agressões que teria sofrido no dia
do ocorrido.