O lançamento oficial do Natal de Cascavel reacendeu um debate que virou alvo de investigação: o uso de fogos de artifício com estampido, prática proibida por lei municipal desde 2020. A denúncia aponta que, durante o show pirotécnico da chegada do Papai Noel, os fogos teriam produzido barulho superior ao permitido.
O espetáculo iluminou o céu da cidade no aniversário de Cascavel, mas o som provocado pela queima gerou incômodo e críticas. Pela legislação municipal, é proibida a soltura de fogos cujo nível sonoro ultrapasse 85 decibéis.
O vereador Policial Madril, um dos autores da lei, relatou ter recebido diversas queixas de moradores afirmando que o barulho extrapolou o limite. Grupos de proteção animal também se manifestaram contra o episódio, ressaltando os impactos que o ruído causa a animais domésticos e silvestres. O caso chegou ainda ao deputado federal Matheus Laiola, que atua na pauta de proteção animal.
Com a repercussão, o Ministério Público abriu procedimento de apuração. Segundo nota enviada pelo MP, serão analisadas eventuais recomendações ao Executivo, especialmente no que diz respeito ao dever de fiscalizar e garantir o cumprimento da legislação. Na Câmara, parlamentares também cobram esclarecimentos.
Procurada, a Secretaria de Cultura afirmou que todos os procedimentos da licitação foram conduzidos conforme a legislação vigente. Disse ainda que, de acordo com os documentos apresentados pela empresa vencedora do certame, o show pirotécnico seguiu o protocolo de baixo estampido exigido em edital.