O Ministério Público do Paraná (MPPR) solicitou ao Tribunal de Justiça do Estado que negue a prisão domiciliar ao policial penal Jorge Guaranho, condenado a 20 anos de prisão pelo assassinato de Marcelo Arruda, ocorrido em 2022, em Foz do Iguaçu. A decisão que concedeu o benefício ao condenado foi liminar e permitiu que ele deixasse o Complexo Médico Penal cerca de 48 horas após a sentença do Tribunal do Júri de Curitiba.
A defesa de Guaranho alegou que ele possui estado de saúde debilitado e necessita de cuidados médicos especiais. No entanto, o MP contesta essa justificativa, argumentando que o condenado não apresenta debilidade extrema e que poderia receber tratamento dentro do sistema prisional.
Além disso, o Ministério Público destaca que o perfil comportamental do réu teve relação direta com o crime e que essa característica "não muda do dia para a noite". O pedido também se baseia em entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a soberania das decisões do Tribunal do Júri, que autoriza o imediato cumprimento da pena imposta.
No último final de semana, a família de Marcelo Arruda realizou um protesto pacífico em Foz do Iguaçu, cidade onde ocorreu o crime, em repúdio à saída de Guaranho da prisão.
O novo pedido do MP será analisado pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná. Até a decisão, Jorge Guaranho permanece em prisão domiciliar em Curitiba, sem poder deixar a cidade ou ter contato com pessoas envolvidas no processo.