Uma idosa de 81 anos descobriu que carregava um bebê que já estava calcificado por mais de 50 anos, em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul. A senhora deu entrada no hospital com um quadro de infecção grave e a equipe médica descobriu o feto. A mulher morreu por conta de uma infecção generalizada, que se iniciou com uma infecção urinária.
Esta condição é chamada de litopedia e acontece com uma gravidez ectópica (gestação em que o óvulo fertilizado é implantado fora do útero), que evolui para uma morte fetal e calcificação do embrião.
Segundo médicos, o sistema imunológico da mãe eventualmente reconhece o feto como um corpo estranho e o encobre com uma substância calcificada para protegê-lo de infecções.
Por conta disso, o feto calcificado pode ficar por décadas e pode causar complicações, como no caso desta idosa. Por isso, um diagnóstico adequado é essencial para prevenir este tipo de complicação.
Segundo os Institutos Nacionais de Saúde (NIH, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, a maioria das pacientes é assintomática e o diagnóstico geralmente com exames de imagem.
Dor abdominal, constipação crônica, obstrução intestinal, formação de fístula e abscesso pélvico são os principais sintomas decorrentes deste caso que é considerado raro.