A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga denúncias de abusos sexuais cometidos por um servidor da rede municipal de ensino de Cascavel voltou a se reunir nesta terça-feira (29). Durante os depoimentos de familiares de possíveis vítimas, novas denúncias graves foram relatadas.
Diante da seriedade das informações apresentadas, os vereadores confirmaram a convocação oficial da secretária de Educação para prestar depoimento. A intenção é esclarecer como era feito o monitoramento das atividades do servidor investigado e quais medidas foram tomadas após as primeiras denúncias.
Além dessas novas denúncias — cujo conteúdo ainda não foi oficialmente divulgado —, uma das mães que depôs na segunda-feira (28) contou que desconfiava de mudanças no comportamento do filho. Após levá-lo a uma unidade médica de Cascavel, um exame descartou o abuso sexual. No entanto, ao ver o caso repercutir, a mãe reconheceu que o agente de apoio acusado era justamente quem atuava na sala de aula de seu filho, levantando suspeitas de uma possível vítima a mais.
O vereador Everton Guimarães afirmou que, durante os trabalhos da CPI, foi revelado que o Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra o servidor só foi acelerado após ele ser aprovado em concurso para professor da educação infantil na rede municipal.
Guimarães destacou ainda que a CPI não tem como único objetivo identificar culpados, mas também aprimorar os processos internos do município para prevenir situações semelhantes.
As investigações seguem em andamento. Ainda nesta terça-feira (29), a CPI ouvirá servidores da Escola Municipal Vicentina Guisso, para onde o servidor investigado foi realocado após as primeiras denúncias.