Desde que as obras de revitalização da Avenida Assunção começaram, em janeiro deste ano, a rotina de empresários da região mudou drasticamente. As intervenções provocaram bloqueios de ruas, interrupções no fornecimento de água e energia elétrica e uma queda acentuada no movimento do comércio.
Nesta quarta-feira (25), por exemplo, comerciantes foram surpreendidos com mais um dia sem energia elétrica por causa da troca de postes, sem previsão de retorno. Com isso, mais uma jornada de trabalho foi perdida, aumentando o prejuízo.
O problema se intensificou após os serviços avançarem para o trecho entre as ruas Casemiro de Abreu e JK. A demora na conclusão das obras preocupa. Parte dos comerciantes já mudou de endereço ou encerrou as atividades por não conseguir manter os custos fixos, mesmo com as portas fechadas.
Muitos empresários, especialmente do setor atacadista, agora temem pelo futuro dos negócios e se dizem sem saber a quem recorrer. Um abaixo-assinado foi organizado para cobrar respostas das autoridades.
O trecho foi interditado no dia 2 de junho para a execução de drenagem, pavimentação e construção de uma rotatória. O prazo inicial de 15 dias se estendeu e, por enquanto, não há uma data precisa para a liberação completa do trecho.
Em nota, a Secretaria de Obras Públicas de Cascavel informou que a interdição da quadra entre as ruas Curitiba e Belo Horizonte era necessária para a construção da rotatória, reconhecendo os impactos ao comércio local. Segundo a pasta, há acessos alternativos pelas ruas Érico Veríssimo, Curitiba e parcialmente pela Belo Horizonte.
Uma das etapas mais delicadas é a realocação dos postes de energia elétrica, responsabilidade da Copel. A expectativa do município é de que, nos próximos 30 dias, a nova rotatória esteja funcional, mesmo antes da conclusão total da pavimentação, com drenagem instalada, postes reposicionados e tráfego seguro.