Recebeu alta hospitalar o pai da adolescente morta em um acidente de trânsito, na Vila Romana, em Londrina, causado por um menino, de 12 anos. Mesmo abalado e em recuperação, Luiz Fernando Gaspar Batista, de 43 anos, falou sobre o atropelamento e como recebeu a notícia da morte da filha.
Luiz Fernando, está sem o movimento na perna direita, que passou por
cirurgia por causa das fraturas. A recuperação deve levar no mínimo quatro meses.
O homem estava na moto com a filha Rafaela dos Santos Batista, de 17 anos, quando
sofreu o acidente.
O caso foi registrado no dia 27 de dezembro. Imagens da câmera de
segurança de um condomínio flagraram o momento exato do acidente. Nela é
possível ver que o motociclista desce pela Rua José Paiva Cavalcante e reduz a
velocidade para entrar na Rua Professora Francisca Vieira Souza. O veículo
utilitário vem em alta velocidade e bate na traseira da moto, que é arremessada
contra o poste. Com o impacto, a moça morreu na hora.
O motorista do carro, um adolescente de 12 anos, teria pego o veículo
escondido do avô, que é comerciante na Vila Romana, mesmo bairro onde ocorreu o
acidente.
Rafaela saiu de casa de moto com o pai para comprar um refrigerante para
o jantar da família. Mas, na volta do supermercado, pai e filha sofreram um
acidente. “Eu escutei só um barulho forte e não vi mais nada. Quando eu acordei
só alguém tocando meu tórax e falando que era o socorrista. Eu falei pra não se
preocupar comigo e ver minha filha primeiro”, conta Luiz Fernando.
Após ser levado para o hospital, o pai de Rafaela ligou para minha
esposa para saber como a filha estava, foi quando recebe a notícia da morte da
menina.
Muito emocionado, Luiz Fernando disse que a filha ia terminar o ensino
médio este ano e pretendia prestar concursos.
A Delegacia do Adolescente recebeu o caso nesta segunda-feira (6) e
abriu um inquérito para investigar o acidente. O adolescente, de 12 anos, deve
responder por ato infracional semelhante aos crimes de homicídio culposo e
lesão corporal. O avô do menino também será responsabilizado.
O pai de Rafaela conta que o avô do menino esteve na casa família e que
não tem ressentimento do menino que causou o acidente. “Eu sinto pena dele. Ele
vai ter que viver com isso o resto da vida, igual eu jamais vou esquecer da
minha filha, ele jamais vai esquecer do ele fez. Espero que ele crie juízo,
escute pai e mãe e os avós”, completou Luiz Fernando.