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PF realiza Operação contra esquema de venda ilegal de informações do INSS

Durante a operação, 29 mandados de busca e 18 de prisão preventiva foram cumpridos em nove estados, incluindo São Paulo, Minas Gerais, Paraná, e o Distrito Federal.
26 set 2024 às 08:07
Por: Matheus Gabriel
- PF

A Polícia Federal de Cascavel (PR) deflagrou na manhã desta quinta-feira (26) a Operação Mercado de Dados, visando desarticular uma organização criminosa que atuava nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Alagoas. 


O grupo era especializado na obtenção fraudulenta de dados de beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que eram vendidos a terceiros, interessados tanto em consultá-los quanto em usá-los para fins ilícitos, como a contratação indevida de empréstimos consignados e saques irregulares de benefícios previdenciários.


As investigações, iniciadas em setembro de 2023, revelaram a participação de hackers que invadiam os sistemas do INSS, além de servidores da autarquia que vendiam suas credenciais de acesso. Os dados dos beneficiários eram comercializados para uma ampla gama de interessados. Durante a operação, 29 mandados de busca e 18 de prisão preventiva foram cumpridos em nove estados, incluindo São Paulo, Minas Gerais, Paraná, e o Distrito Federal.



Entre os alvos está um hacker já investigado anteriormente pela PF, conhecido por sua habilidade em burlar sistemas de segurança, incluindo a autenticação multifator, e por alterar níveis de acesso de servidores do INSS.

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Além dele, três servidores e um estagiário do INSS também estão envolvidos no esquema. O juiz da 4ª Vara Criminal Federal de Cascavel determinou o sequestro de 24 imóveis pertencentes aos membros da organização e o bloqueio de até R$ 34 milhões em suas contas bancárias.


A investigação contou com o apoio do Ministério da Previdência, por meio da Coordenação de Inteligência da Previdência Social (COINP). Os envolvidos responderão por crimes como organização criminosa, corrupção, invasão de dispositivos informáticos, violação de sigilo funcional, obtenção e comercialização de dados sigilosos, e lavagem de dinheiro, cujas penas somadas podem ultrapassar 15 anos de prisão.

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