A Assembleia Legislativa do Paraná tem dois projetos em tramitação com foco nas pessoas com espectro autista que estão em idade escolar. Um deles propõe a implementação da educação baseada na análise do comportamento aplicada nas escolas com profissionais especializados. O outro, que está em avaliação pela Comissão de Justiça, estabelece as escolas estaduais tenham profissionais com formação adequada e comprovada, seja em curso técnico ou de ensino superior, para atender quem tem autismo.

Os dois projetos são de autoria do deputado estadual Tiago Buhrer (UNIÃO Brasil). Para o parlamentar, há um déficit desse tipo de profissional na rede de ensino. Se aprovados, os projetos podem representar mudanças significativas e mais inclusão para quem tem o espectro autista.

Rebeca Fenner é mãe da Maria Eduarda, de 16 anos. EL nasceu prematura e tem hidrocefalia. Ainda na primeira infância foi diagnosticada dentro do espectro autista. Até os 11 anos a ela estudou na rede municipal e recebeu acompanhamento de uma equipe multidisciplinar. Quando foi para rede estadual os problemas começaram a aparecer e um deles foi a falta de um professor de apoio, que é direito previsto em lei.

Para Rebeca faltam professores especializados e um trabalho mais efetivo para quem tem o transtorno consiga se relacionar e interagir com os outros colegas de classe. Segundo ela, é uma dificuldade que afeta o desenvolvimento na escola.