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Porta do Inferno: o buraco em chamas há 50 anos causado por erro humano

29 abr 2024 às 16:13
Por: UOL
- Getty Images

Conhecida como "Porta para o Inferno", uma cratera formada na década de 1970 após um erro durante uma expedição soviética de perfuração do solo para obter gás atrai turistas no Turcomenistão.



Conheça a cratera de Darvaza, a 'Porta para o Inferno'

Situada no deserto de Karakum, no Turcomenistão, a cratera de Darvaza tem quase 70 metros de largura, cerca de 30 metros de profundidade e está em chamas há mais de 50 anos. No interior da cratera, a temperatura varia de 400°C a 1.000°C.


Região abriga enormes reservas de gás natural. A história mais aceita para a origem da cratera conta que, no começo dos anos 1970, quando o território do Turcomenistão fazia parte da União Soviética, foram realizadas perfurações na região com o objetivo de tentar explorar os recursos naturais da área. Durante os trabalhos, porém, parte do solo cedeu e deu origem ao buraco.


Com isso, os profissionais envolvidos no projeto teriam percebido que, da cavidade recém-aberta, estava sendo expelida uma grande quantidade de gás metano — que eles julgaram ser perigoso para as pessoas que estavam no lugar. A "solução" encontrada foi colocar fogo no buraco, para tentar extinguir o gás que estava saindo dali — esperando que ele queimasse rapidamente. As chamas, entretanto, jamais se apagaram.

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"Porta para o Inferno". Devido ao fogo que se origina em suas profundezas subterrâneas, o lugar ganhou o apelido de "Porta para o Inferno".


Ponto turístico. A cerca de 250 quilômetros de Ashgabat, a capital do Turcomenistão, local é procurado por turistas que visitam o país. Desta cidade é possível entrar em tours até a "Porta para o Inferno". Depois de descer de veículos que fazem o transporte de turistas até o local, é possível caminhar até a borda do buraco e ficar frente a frente com seu interior. Vistos de longe, os viajantes ficam minúsculos diante da cavidade no meio do deserto.


Em 2013, o explorador da National Geographic George Kourounis desceu a cratera. Ele coletou amostras do solo, na esperança de saber se a vida poderia sobreviver em condições tão adversas. "Foi muito mais assustador, muito mais quente e maior do que eu pensava", lembra.

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