Após grande repercussão do caso do médico que negou atestado à mãe de paciente de cinco anos e sugeriu que a mulher deixasse a criança sozinha em casa, o prefeito de Cambé, Conrado Scheller, classificou a situação como 'absurda' e afirmou que o profissional foi afastado.
De acordo com Scheller, a primeira providência tomada pelo município foi garantir o atestado de acompanhante à mãe da criança, atendida na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Tupi, na madrugada desta segunda-feira (20).
A mulher filmou o momento em que o médico negou o atestado. No vídeo, o profissional sugere que a mulher deixe o filho sozinho em casa pelo período de 12 horas e questiona: "Qual o risco que ele tem de ficar em casa sozinho? Ele não pode ficar em casa assistindo televisão? Ele não consegue pegar comida?".
O médico é um dos 40 profissionais da medicina contratados pela Prefeitura de Cambé através do Cismepar (Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Paranapanema), para a prestação de serviços.
Uma sindicância será aberta pelo Cismepar para apurar a conduta do médico e, enquanto durar o processo, o profissional estará fora da escala, sem trabalhar mais na UPA.
No registro do médico, consta que o profissional é clínico geral e não pediatra. A mulher conta que esperou o plantão terminar para consulta com outro profissional, que forneceu o atestado. Na manhã desta terça-feira (21), a mãe retornou à unidade com o filho para retorno com outro médico, porque a criança voltou a ter febre.