O aterro sanitário de Toledo, no Oeste do Paraná, passou por uma das piores crises ambientais de sua história. Um incêndio que durou 14 dias expôs fragilidades na estrutura do local e desencadeou uma série de mudanças na forma como os resíduos são destinados na cidade. Desde então, o Instituto Água e Terra (IAT) passou a acompanhar de perto a situação, realizando reuniões técnicas e emitindo notificações.
Desde o incêndio, o recolhimento de resíduos volumosos — como móveis e eletrodomésticos descartados — estava suspenso. Agora, a Prefeitura de Toledo anunciou que o serviço foi retomado nesta sexta-feira (1º), mas com uma importante mudança: os materiais deverão ser levados ao Ecoponto do Jardim Santa Clara. A medida vale apenas para pequenos geradores. Já o envio de volumosos ao aterro sanitário permanece proibido, conforme orientação do IAT.
Em paralelo, a Prefeitura concluiu um relatório técnico detalhado sobre o incêndio, com linha do tempo dos fatos e ações adotadas no combate às chamas. O documento levanta a hipótese de incêndio criminoso. Isso porque, segundo os dados meteorológicos, junho registrou um alto índice de precipitação — mais de 205 milímetros de chuva — o que teria deixado os resíduos úmidos, tornando improvável uma combustão espontânea.
Entre as providências já tomadas, estão o pedido de instalação de internet e câmeras de monitoramento na área do aterro, além da intensificação das vistorias técnicas diárias. A administração também busca, junto a empresas e entidades especializadas, soluções para o descarte ambientalmente correto de materiais volumosos produzidos por grandes geradores.
A Prefeitura reforça que todas as medidas estão sendo tomadas com foco na prevenção, sustentabilidade e conformidade com a legislação ambiental.