Após a repercussão do caso de moradores revoltados com valores exorbitantes que estão sendo cobrados na conta de luz pela Copel, a equipe de jornalismo do Grupo Tarobá procurou o advogado e diretor-executivo do Núcleo de Proteção e Defesa do Consumidor do Procon de Londrina, Thiago Mota Romero, para esclarecer os fatos.
Entretanto, Romero afirmou que o Procon ainda não recebeu nenhuma reclamação sobre a situação, e que inclusive, estaria acompanhando o caso através da imprensa.
“Nós estamos disponibilizando inclusive horários flexíveis para a população, para que aqueles moradores, que tenham tido algum problema com a Copel referente a sua fatura, possam vir até o Procon de forma mais rápida possível”. Ele ainda orientou: “Traga toda a documentação, os carnês anteriores, o atual, comprovante residência, toda essa documentação, que nós vamos fazer um mutirão para que a gente possa atender a toda essa população o mais rápido possível e notificar a Copel, para nós verificarmos o que de fato está acontecendo e o porquê dessa situação”.
Moradores do Jardim Santa Fé, na zona leste, fizeram até um protesto para chamar atenção para o caso. Com os boletos em mãos, eles mostram que pessoas que pagavam valores menores do que R$ 25 em meses anteriores, agora estão sendo cobrados com valores absurdos, que ultrapassam R$ 200. Em alguns casos, chega até R$ 500.
Como esclarecimento, a Copel informou que o sistema de medição de energia do bairro esteve fora de funcionamento. Por conta da impossibilidade técnica de fazer a correta aferição do consumo, os moradores vinham sendo cobrados apenas pela disponibilidade do sistema de distribuição de energia. Recentemente, o sistema foi reparado, passando a medir corretamente o consumo dos domicílios na região. Ainda segundo a Companhia, não houve a cobrança de retroativos.
A explicação, no entanto, não convenceu os moradores, que prometeram um novo protesto caso o problema não seja resolvido.