Foi assinado nesta terça-feira (14) o Termo de Cooperação Técnica que oficializa o lançamento do projeto “Cuidar para Transformar”. A iniciativa pioneira em Londrina oferecerá atendimento psicológico para crianças e adolescentes expostos à violência doméstica e familiar das mães.
O projeto resulta da parceria entre a Prefeitura de Londrina, por meio da Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres (SMPM), o 30º Batalhão de Polícia Militar do Paraná e a PUC-PR Londrina.
A necessidade surgiu da Patrulha Maria da Penha, que identificou que os filhos, mesmo sem serem vítimas diretas, sofrem impactos emocionais e comportamentais devido à violência doméstica.
O Major Alessandro Reis destacou que a iniciativa visa preencher uma lacuna no atendimento psicológico às crianças e adolescentes, prevenindo ansiedade, depressão, dificuldades escolares e problemas de socialização.
O projeto atenderá menores de 4 a 17 anos, com encaminhamentos feitos pela Patrulha Maria da Penha. Os atendimentos serão realizados por estudantes do último ano de Psicologia da PUC-PR Londrina, individualmente ou em pequenos grupos, com atividades lúdicas e escuta qualificada.
As primeiras sessões ocorrerão no Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CAM), na Avenida Santos Dumont, 408, e, após o desligamento, as crianças serão referenciadas ao Núcleo de Práticas em Psicologia da PUC-PR Londrina, na Avenida Jockei Club, 485.
A secretária Marisol Chiesa ressaltou que o projeto foca na família, destacando que cuidar da criança é também cuidar da mulher, alinhado à Política Municipal de Prevenção e Enfrentamento à Violência contra Crianças e Adolescentes (Lei nº 13.262/2021).
Dados de 2025 reforçam a importância do projeto: a Patrulha Maria da Penha atendeu 251 mulheres, sendo que 30% dos casos indicavam necessidade de atendimento psicológico para os filhos; o CAM realizou 2.450 atendimentos; e a Casa Abrigo Canto de Dália acolheu 85 pessoas, incluindo 45 crianças e adolescentes.
A diretora da PUC-PR Londrina, Nadina Moreno, considerou o projeto um momento histórico, acolhendo vítimas e filhos, com expectativa de tornar-se um programa permanente.