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Queijos produzidos em Londrina são conhecidos mundialmente e premiados

23 abr 2024 às 17:54
Por: Kátia Pêggo
Valdeir e Márcia com os queijos que receberam a medalha super ouro em 2019 e 2024. - Foto: Kátia Pêggo

“Londrina produz um dos queijos mais saborosos do mundo”, afirma Ewerson Kudo, apreciador do produto, que recentemente esteve em Parma, casa onde nasceu e vive o autêntico parmesão. A fala do cliente do Rancho Seleção não é exagero, e pode ser provada com a coleção medalhas e títulos conquistados nos últimos anos. Seis somente em 2024.

 

Produzidos no Heimtal, zona norte de Londrina, os queijos que estão entre os mais premiados do mundo são feitos com o leite tipo A - um leite fresco, com o mais alto grau de pureza, seguindo normas rigorosas. A medalha super ouro, que é o prêmio máximo de um concurso internacional veio em 2019, no Mundial de Queijo, em Araxá-MG, de uma receita que misturou ousadia e paciência, mas também uma pitada de ansiedade. “Em 2017 minha esposa fez um curso na UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná) para aprender a fazer queijo maturado. Em 2018 fizemos umas seis peças do queijo tipo parmesão, de mais ou menos cinco quilos cada. A gente precisou esperar até junho de 2019, um ano depois para abrir o primeiro. Quando cortei, para nossa surpresa ele exalou aquele aroma fantástico, eu vi os cristais lá dentro e disse que ele estava precioso. Foi daí que surgiu o nome Precioso”, conta o produtor Valdeir Martins. 


- Foto: Kátia Pêggo


Márcia Martins, esposa de Valdeir, é a responsável por plantar o sonho dos queijos premiados e também por lapidar todas as técnicas que tornam os produtos do rancho da família tão desejados.

 

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Em abril de 2024, o Rancho Seleção participou do 3º Mundial do Queijo do Brasil e levou mais um super ouro para a propriedade, com o queijo do Vovô, que é fresco e prensado com temperos desidratados; ouro com os queijos Pé Vermelho, de casca florida de 45 dias, e o Paraná, maturado com, no mínimo, 15 dias; e prata com o queijo da Vovó, fresco e prensado. O rancho também obteve ouro com o doce de leite com uvas passas ao rum e bronze com o doce de leite tradicional. “Todo o nosso processo tem atenção e carinho. Desde a vaca sendo bem tratada até o produto final”, diz Márcia. 


- Foto: Kátia Pêggo


Vacas exigentes


Para chegar aos sabores mais bem avaliados do mundo, os produtos do racho partem de três raças; holandesa, jersey e jersolanda. As vacas são acomodadas em um ambiente com conforto térmico e arejado. Além disso, elas recebem uma alimentação especial. Tudo isso para produzir o leite mais puro, chamado tipo A. “Nós verticalizamos o processo. Produzimos o leite, fazemos a pasteurização e distribuição”, explica Valdeir.

 

A produção do leite tipo A na propriedade é uma realidade há cerca de 30 anos. A local é certificado pela Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná) como isenta de brucelose e tuberculose. 


- Foto: Kátia Pêggo


Procura após prêmios


A cada premiação os queijos e doces do casal Valdeir e Márcia se tornam cada vez mais procurados. A movimentação no rancho acontece durante todo o dia, clientes que são recebidos com uma saborosa degustação para a desafiadora missão de não poder levar todos para a casa.

 

Na proporção em que as medalhas enchem as paredes, o estoque de queijos rapidamente fica vazio, pois como os produtos são artesanais, não há uma quantidade grande e muitas vezes os clientes precisam de paciência até a liberação de novos lotes.

 

- Foto: Kátia Pêggo


Ewerson Kudo, conta que quando soube que um queijo tipo parmesão, da região, havia sido premiado, logo saiu a procura do produto. Cliente desde 2019, ele garante: “estive na região de Parma e o queijo daqui não perde para nenhum da Itália”.

 

Para a Márcia, ver os produtos feitos por ela sendo tão desejados é um sonho que se tornou realidade. “É fruto de muito trabalho e esforço em equipe. É o reconhecimento de muita dedicação. O leite é a nossa vida”.

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